Ano 04 nº 050/2016 – Como se fazer presente mesmo estando ausente

Amanda Martinello,

Estudante de Engenharia de Energia

Um dos grandes problemas quando você muda de cidade, de bairro ou de escola é manter o contato com quem ficou. No começo você pensa que será fácil, afinal com: whatsapp, facebook e tantas outras redes sociais, manter contato não parece ser assim tão difícil. E assim os dias vão passando, você tem em uma nova rotina, passa a acessar menos as redes sociais ou quando acessa a pessoa não está online e quando se dá conta está olhando fotos antigas e dizendo: “Ah esse costumava ser meu amigo”.

Por mais que as pessoas se esforcem, isso acaba acontecendo, mudar é extremamente importante e necessário, mas também significa que você vai perder algumas pessoas pelo caminho. Mas nem sempre aceitamos isso com facilidade, se afastar de uma pessoa querida nunca é fácil, e sim, devemos lutar para que isso não aconteça, mesmo sendo inevitável em algumas ocasiões.

Quem mora longe da família sabe como é difícil olhar fotos de reuniões aos domingos, em que todos se encontram e você fica pensando: só está faltando eu ali. Quando a ausência é por causa dos estudos, você sempre tenta lembrar a si mesmo que isso é temporário, que no momento você precisa estar longe para batalhar por um futuro para si mesmo. Só que ainda sim dói ver as fotos de momentos em que você não está e que nunca mais vão voltar.

E você se pergunta: como se manter presente mesmo estando ausente? Eu, como estudante que está longe dos amigos e família, me faço essa pergunta sempre e para ser sincera ainda não encontrei uma resposta. Redes sociais, telefonemas, mensagens, isso ajuda, mas não preeenche todos os buracos. Ir nas férias para casa é uma das melhores coisas, você se sente amado e querido. Lá, você tem que achar tempo para todos aqueles que sentiram saudades suas e para aqueles que você também sentiu. E mesmo assim você percebe um dia que a sua melhor amiga vai se casar, que ela já fez até o chá de panela e você não estava lá. E eu não vou mentir, isso dói demais.

Infelizmente ainda não inventaram o teletransporte, grandes distâncias ainda são um problema, e se você nunca passou por isso, um dia ainda vai passar e vai doer, e você vai desejar (ou já desejou) ter a resposta dessa pergunta que eu me faço agora.