#LulaLivre

lula FONTE: ELPAÍS (2019)

Por Felipe Vasc

No dia 14 de setembro de 2016, o Ministério Público de São Paulo realizou uma denúncia ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de ser o proprietário oculto de um triplex no Guarujá. Por entender que se tratava de um processo federal e não estadual, os autos foram enviados à Curitiba, para o até então Juiz federal Sérgio Moro. O caso é muito longo e não sou jornalista, isso é só a introdução. Aliás, se não sabe nada sobre o processo, nem perca teu tempo comigo, nem vivendo neste país. Amo vocês.
No dia 7 de novembro de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por derrubar o decreto de prisão em segunda instância, o que abriu espaço para a soltura do ex-presidente Lula e outras figuras menos relevantes. A discussão sobre este tema estava prevista para dezembro de 2017, o que derruba a ideia de que seria uma manobra política para livrar o PTista.
A soltura de Lula veio no dia seguinte, 8 de novembro de 2019. Porém, ele ainda não foi declarado inocente. O Tribunal Regional da 4ª região (TRF-4), marcou para o dia 27 de novembro, o julgamento do sítio em Atibaia. Pronto, o básico vocês já sabem.
A operação Lava Jato foi um marco para o Brasil, pela primeira vez olhamos para nossos funcionários e os lembramos de que queremos resultados, e quem não oferecer isso com competência e honestidade, arcará com as consequências de seus atos. Logicamente, houve uma “espetacularização” do processo, de ambos os lados. A polarização nasceu neste período. A esquerda elegeu seu Deus, assim como a direita o fez.
Lula foi escolhido como o vilão que dava sentido ao combate a corrupção, e com isso nasceu no país a ideias de que “os fins justificam os meios”, já que uma série de medidas descabidas passaram a ser tomadas em nome da justiça. Sérgio Moro foi posto como o herói da nação. Por outro lado, o ex-presidente foi posto como o líder e arquiteto da corrupção, e causador da crise política do Brasil. Claro que com a Vaza Jato, o mito de bem e mal caiu por terra. Mas esse assunto fica para um outro momento.
O Ptista esteve na presidência de 1 de janeiro de 2003, à 1 de janeiro de 2011. Talvez um dos maiores nomes de uma política mundial, e com um carisma ímpar, levou o Brasil a grandes conquistas sociais e na área da economia. Não se iluda fãs do socialismo, os principais responsáveis por isso foram os banqueiros com liberação de crédito para consumo. Então, Cuba e tal… Sabe, né.
Entre Lula e Bolsonaro, a resposta é fácil, Lula. Ele tem um discurso menos violento, grande articulador e principalmente, sabe jogar muito bem o jogo político.
A corrupção tem uma estrutura muito bem elaborada, e desde o mensalão, aliás, muito antes, ela existe e tornou-se método de funcionamento para inúmeras áreas. Sejamos sinceros, alguém acredita realmente na honestidade de qualquer que seja o líder (ou Deus) político? Por favor, seu ego não pode estar acima do progresso do nosso país. A versão inicial deste parágrafo era mais ofensiva, então, foi alterada.
Minha conclusão? Lula tem muita culpa, porém, neste momento talvez fosse o melhor líder para acalmar os ânimos dos brasileiros.

Comentários
  1. C H

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