Entrevista com os candidatos à reitoria da Unipampa

Ocorrerá no dia 3 de setembro de 2015, em todos os Campi da Unipampa, a eleição para a escolha da nova liderança da Universidade. Três chapas estão concorrendo. Você já sabe em qual vai votar? É muito importante a sua participação. Sua votação pode ajudar a Unipampa a ser cada vez melhor. Entrevistamos as chapas Avança Unipampa, Integração e Unipampa Pode Mais com perguntas enviadas por estudantes da universidade, após consulta presencial e nas redes sociais. Se você ainda não sabe em quem votar, esperamos que as respostas ajudem!

Chapa 1: Avança Unipampa. Candidato a Reitor: Marco Hansen; Candidato a Vice-reitor: Maurício Aires

Foto: Divulgação Facebook

 

Junipampa: Em relação à polêmica recente em sobre os Planos Nacionais e Municipais da Educação (PNE e PME) e a discussão da identidade de gênero dentro de sala de aula, gostariamos de saber qual a posição dos candidatos em relação a isso. Como esse assunto deve ser abordado dentro do ambiente universitário? Há alguma política específica para isso prevista para a Unipampa?

Chapa 1: O debate sobre gênero e orientação sexual é relevante e o espaço universitário se ocupa dessa temática com pesquisas profundas e orientadoras. Abordamos os conceitos como valor científicos, na Unipampa existem diversos Grupos de Pesquisas cadastradas no CNPq e no Brasil existem mais de mil grupos que debatem sobre o assunto, isso demonstra que estamos atentos a esse debate. A Gestão Superior deve apoiar e incentivar. A PROGRAD deve criar condições para que os cursos incluam em suas bases curriculares essa temática nas revisões dos PPCs, em concordância com PNE e com a Nota Técnica 18/2015 que reforça a importância desse debate. Outra ação, a Gestão Superior deve sim incentivar e promover cursos de formação para que os nossos cursos e os nossos educadores insiram a temática na plataforma curricular, como ocorre com a Lei 10.639, em que os cursos se ocupam em promover o debate em sala de aula, sempre a partir de conceitos científicos para aprofundar a produção do conhecimento.

Junipampa: Como os candidatos se posicionam em relação aos Movimentos Estudantis? De que forma eles lidam com os questionamentos da classe estudantil e com movimentos mais radicais, como uma ocupação da reitoria?

Chapa 1: Vamos lidar com respeito. É legítimo às reivindicações, mesmo porque em uma Instituição Pública devemos estar abertos ao diálogo, de ambos os lados. Da nossa parte, que já vivemos alguns momentos assim, tratamos o movimento e as pessoas com respeito e queremos continuar com essa linha de atuação. Queremos conquistas e estamos do mesmo lado em prol do ensino de qualidade e de oportunidades de acesso e permanência para mais pessoas.

Junipampa: Quais são as propostas da chapa Avança Unipampa para a melhoria dos Campi?

Chapa 1: Em relação a essa pergunta, temos o nosso Plano de Gestão, com 13 Eixos norteadores (sugiro a leitura: Eixo 3- Graduação; Eixo 4 – Assistência Estudantil; Eixo 5 – Extensão; Eixo 7 – Infraestrutura; Eixo 10 – Sustentabilidade; Eixo 11 – Arte, Cultura, Esporte e Diversidade e Eixo 12 – Comunicação) Em todos esses eixos existem ações que beneficiam as unidades. Segue uma imagem de uma das ações que vamos fazer, caso sejamos eleitos.

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Chapa 2: Integração. Candidata a Reitora: Ulrika Arns; Candidato a Vice-reitor: Sandro Camargo

Foto: Divulgação Facebook

Junipampa: Em relação à polêmica recente em sobre os Planos Nacionais e Municipais da Educação (PNE e PME) e a discussão da identidade de gênero dentro de sala de aula, gostariamos de saber qual a posição dos candidatos em relação a isso. Como esse assunto deve ser abordado dentro do ambiente universitário? Há alguma política específica para isso prevista para a Unipampa?

Chapa 2: Inicialmente, destacamos que as questões de gênero refletem evolução na luta, defesa e conquista de direitos humanos. Assim, as atuais discussões trazidas nos textos dos PNE e PME são reflexos desses avanços. E a universidade, por ser elemento de construção social e formação humana, deve promover e estimular tal discussão por meio das matrizes curriculares dos cursos e no desenvolvimento de projetos e programas de extensão.

A UNIPAMPA já demonstra concretamente seu compromisso com essa questão ao emitir a Resolução do Nome Social ( Resolução Nº 61 do Consuni, de 29 de agosto de 2013) e a Pró-reitoria de graduação estimula a inserção da discussão na formação dos acadêmicos, orientando que o tema seja contemplado nos projetos político-pedagógicos dos cursos de graduação. Desse modo, os candidatos são favoráveis à ampla discussão do tema na universidade como garantia de respeito aos direitos humanos e, consequentemente, a todas as formas de manifestação de identidade e subjetividade.

Junipampa: Como os candidatos se posicionam em relação aos Movimentos Estudantis? De que forma eles lidam com os questionamentos da classe estudantil e com movimentos mais radicais, como uma ocupação de reitoria?

Chapa 2: A atual gestão tem respeitado as manifestações estudantis ao longo de seu mandato, buscando ouvir e dialogar com a categoria em diversos momentos, e apoiado suas iniciativas, como participação no EDIUNI e nos eventos promovidos pela UNE. As demandas dos movimentos estudantis da UNIPAMPA foram atendidas quando possível e, quando não foi possível atendê-las plenamente, as razões foram apresentadas aos acadêmicos. Portanto, os candidatos entendem que os Movimentos Estudantis são fundamentais para a existência da universidade em sua plenitude e que devem ser apoiados, garantindo-se a autonomia dos discentes e respeitando-se os seus tempos e formas de organização.

Junipampa: De que forma uma reeleição é importante para a Unipampa? Por que ela é necessária em um regime democrático?

Chapa 2: A reeleição é importante em um regime democrático e para a Unipampa para que as ações de longo prazo possam ser planejadas, executadas e refinadas. A reeleição serve ainda como validação de uma gestão após apresentação do trabalho realizado no primeiro mandato. Nesse sentido, a campanha de uma gestão que se apresenta para a reeleição funciona como prestação de contas e escuta de toda a comunidade, permitindo a reformulação de práticas e prioridades.

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Chapa 3: Unipampa Pode Mais. Candidato a Reitor: Fernando Junges Candidato a Vice-reitor: Hector Cury

Foto: Divulgação Facebook

Junipampa: Em relação a polêmica recente em sobre os Planos Nacionais e Municipais da Educação (PNE e PME) e a discussão da identidade de gênero dentro de sala de aula, gostariamos de saber qual a posição dos candidatos em relação a isso. Como esse assunto deve ser abordado dentro do ambiente universitário? Há alguma política específica para isso prevista para a Unipampa?

Chapa 3: Pretendemos criar a Pró-Reitoria de Apoio Estudantil e Diversidade – no lugar da atual PRAEC, pois entendemos que o tema da diversidade deve ser institucionalizado e reconhecido como fundamental a sua abordagem dentro da UNIPAMPA e junto à comunidade externa. A partir daí queremos empoderar coletivos e núcleos dentro da UNIPAMPA que possam nos apoiar e apontar caminhos de como identidade de gênero poderia ser abordado, ou melhor, como poderíamos desenvolver uma política que ouça àqueles a quem a voz é sonegada.

Junipampa: Como os candidatos se posicionam em relação aos Movimentos Estudantis? De que forma eles lidam com os questionamentos da classe estudantil e com movimentos mais radicais, como uma ocupação de reitoria?

Chapa 3: A Reitoria deve sempre respeitar a autonomia do Movimento Estudantil. Reconhecemos, principalmente, pela história dos nossos candidatos junto ao ME a importância da reflexão e crítica que possa emanar. É preciso dar espaço sem interferir nas ações destes movimentos de maneira alguma. Os questionamentos da classe estudantil são sempre vistos com naturalidade e capazes de contribuir para ações sérias por parte da gestão. Por isso, propomos sempre dar espaço à participação, por meio de conselhos deliberativos paritários, fóruns de movimentos sociais e estudantis. Entendemos que não há movimentos radicais, porque respeitamos todos os espectros ideológico utilizar o termo radical tem sido uma tática daqueles que tentam deslegitimar a demanda utilizando de pechas pejorativas. A ocupação é um instrumento legítimo de contestação, cabe à gestão ter capacidade de dialogar e buscar atender as demandas da comunidade estudantil.

Junipampa: Quais as consequências do abandono da direção do campus Bagé, no meio do mandato?

Chapa 3: Em primeiro lugar, não encaramos o fato do diretor do Campus ser eleito como reitor como abandono. Deve-se pensar que existe um projeto para o qual este foi escolhido como representante. Em segundo lugar, a saída do Diretor de sua função faz com que o Coordenador Acadêmico assuma as funções deste, conforme o Artigo 72 do Regimento Geral colocado abaixo:

“Art. 72. Em caso de vacância ou impossibilidade de provimento regular, os cargos de Diretor, Coordenador Acadêmico ou Coordenador Administrativo serão providos interinamente por designação do Reitor da Universidade. §1o. O Diretor será substituído pelo Coordenador Acadêmico e na falta deste pelo membro do Conselho do Campus que for mais antigo no magistério superior da Universidade e, em caso de igualdade de condições, pelo mais antigo no magistério superior federal. §2o. Cabe ao Conselho de Campus a aprovação do Coordenador Acadêmico ou Coordenador Administrativo interino indicado pelo Diretor. §3o. No caso de vacância, deverá haver eleição para o provimento do cargo, no período restante, se este for maior do que a metade do mandato original.”

No caso atual, o Coordenador Acadêmico assume as funções de Diretor e um novo(a) Coordenador(a) Acadêmico(a) é indicado(a) e aprovado(a) pelo Conselho de Campus.

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Escrito por Mariane Rocha e Larissa Assis, bolsistas do Laboratório de Leitura e Produção Textual- LAB (PROEXT-MEC).

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