Ano 03 Nº 034/2015 – As crianças Ikpeng pelo olhar das crianças de Bagé e Aceguá

Durante os meses de outubro e novembro, bolsistas do Laboratório de Leitura e Produção Textual (LAB) atuaram em escolas de Bagé e Aceguá, desenvolvendo oficinas de letramentos sobre resenhas. A professora Clara Dornelles, da Unipampa, conta que as oficinas de letramentos fazem parte de uma ação de extensão do LAB em parceria com as secretarias municipais de educação de Bagé e Aceguá, que tem como objetivo incentivar a escrita e a autoria na comunidade escolar.

As resenhas produzidas são voltadas para um público especial: Espectadores da Mostra infantil de filmes “Caramelo Itinerante’’. A Mostra integra a programação especial para as escolas no 7° Festival Internacional de Cinema da Fronteira, que ocorrerá de 23 a 28 de novembro em Bagé. O filme resenhado, “Das crianças Ikpeng para o mundo’’, retrata o cotidiano de crianças Ikpeng, uma etnia indígena localizada no estado do Mato Grosso e será exibido na quinta, dia 26 de novembro às 14 horas .  Para participarem, as escolas devem buscar maiores informações com a Secretaria Municipal da Educação de Bagé.

E quer saber mais sobre o filme? Confira a resenha oral produzida pela aluna do 7º ano da escola E.M.E.F Nossa Senhora das Graças, participante da oficina de rádio escolar (Rádio Ativa), e as resenhas  escritas produzidas pelas alunas do 8° e 9° anos da E.M.E.F. Fundação Bidart.

Das crianças Ikpeng para o mundo (Resenha na íntegra)

Por Maria Eugênia Simões Pires

Com o apoio da “Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais” da UNESCO, quatro crianças Ikpeng apresentam sua aldeia respondendo à vídeo carta da Sierra Maestra em Cuba.

Com graça e leveza, elas mostram suas famílias, brincadeiras, suas festas, seu modo de vida. Este tipo de documentário não é meu tipo de programa favorito, mas eu recomendo. As crianças indígenas nos mostram uma cultura totalmente diferente, onde meninas de dezesseis anos já tem quatro filhos, pois para eles, as mulheres se casam muito nova. Lá, isso é perfeitamente normal e correto, enquanto se uma menina se casa aos quinze anos na nossa cultura normal, ela é extremamente julgada.

Na cultura Ikpeng, andar descalço e pelado é normal (e opcional, pois alguns usam roupas e chinelos), seus enfeites são bem diferentes e dependendo do ponto de vista, interessantes também.

Recomendo que assistam o filme, principalmente jovens e jovens adultos, pois é uma forma de conhecer outra cultura e abrir mais os nossos horizontes para realidades diferentes da nossa própria.

Maria Eugênia Simões Pires, aluna do 8º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

Maria Eugênia Simões Pires, aluna do 8º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

 

Das crianças Ikpeng para o mundo (Resenha na íntegra)

 Por Ingrid Gasque

São duas meninas e dois meninos mostrando como é a vida na aldeia Ikpeng. As meninas mostram como é a vida delas e falam sobre a idade em que se casam. Segundo a forma de vida deles (as), enquanto os maridos vão pescar e caçar, as mulheres arrumam a oca, fazem comida e cuidam dos filhos.

O impressionante é a festa em que eles se pintam, dançam, cantam e tem comida. Nesta festa eles cultuam e invocam espíritos, o que faz parte da crença deles.

Em minha opinião esse filme é recomendável para jovens e crianças, pois é impressionante conhecer os hábitos, histórias de vida e esta nova cultura que apresentam no filme.

Ingrid Gasque, aluna do 8º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

Ingrid Gasque, aluna do 8º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

 

Das crianças Ikpeng para o mundo (trecho da resenha)

Por Mariane Pacheco

O filme mostra a facilidade das crianças de fazerem seus próprios brinquedos com madeira, coisas que outras crianças não costumam fazer. O documentário é uma ótima opção para crianças e jovens conhecerem e aprenderem sobre a cultura indígena, uma cultura sobre a qual temos muita curiosidade e não temos a oportunidade de ver. Tira todas as nossas dúvidas sobre parte desta cultura e faz a gente perceber o quanto é importante o papel do indígena no Brasil.

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Mariane Pacheco, aluna do 8º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

Das crianças Ikpeng para o mundo (trecho da resenha)

Por Adina Gasque

Este filme de 35 minutos é recomendado a todas as famílias, para você ter mais conhecimento e aprender culturas completamente diferentes do meu, do seu e do nosso modo de vida. E você, jovem que gosta de experiências e coisas novas, assista ao filme! Pois é um mundo onde não existe esta tecnologia que estamos acostumados a usar. Quer saber mais? Eu não te conto! Assista e surpreenda-se…

Adina Gasque, aluna do 9º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

Adina Gasque, aluna do 9º ano da E.M.E.F. Fundação Bidart. Foto: Luisa Hidalgo

Além da EMEF Fundação Bidart e da EMEF Nossa Senhora das Graças, a EMEF General Emílio Luiz Mallet também foi parceira das oficinas no ano de 2015. Agradecemos a confiança e colaboração das escolas e secretarias!

Quer saber mais sobre o 7° Festival Internacional de Cinema da Fronteira? Acesse o site e confira as informações: http://www.festivaldafronteira.com/Default.aspx

Escrito por Luísa Hidalgo, bolsista LAB (PROEXT MEC 2015), Clara Dornelles e Sara Mota, coordenadoras LAB (PROEXT MEC 2015).

 

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