Ano 03 Nº 024/2015 – Por um educação que transcenda os limites da sala de aula ou A 5ª Gincana de Aniversário do IFS

O auditório está cheio, mas já no primeiro olhar é fácil perceber que o que vai acontecer não é uma palestra ou um evento banal: não há olhares entediados ou bocejos disfarçados, mas há música e cores, há gritos e balões, aplausos enfáticos, riso e parceria. E foi assim que encontrei o IFSul na última sexta-feira, onde fui jurada do 3º Festival de Curta-metragens, parte da programação da Gincana de 5º aniversário do IF Bagé.

Auditório cheio no último dia de Gincana - dia de show de Talentos. Foto: João Vicente de Oliveira

Auditório cheio no último dia de Gincana – dia de show de Talentos. Foto: João Vicente de Oliveira

 Lisandro Moura, professor de Sociologia, me explica que até pouco tempo atrás o ensino dentro das escolas técnicas era bem tecnicista, voltado principalmente para a preparação do aluno para o mercado de trabalho. Com o passar dos anos e as novas exigências da nossa sociedade, uma concepção nova de escola foi se fazendo necessária e assim as escolas técnicas foram se modificando. Lisandro cita o momento em que elas deixaram de se chamar CEFET (Centro Federal de Educação e Tecnologia) para serem chamadas do que hoje conhecemos como os “IFs” – aqui no RS, no caso, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense – como um marco importante dessas modificações. Nesse momento, então, “o ensino passa para uma forma mais integrada do conhecimento”, conta Lisandro, fazendo com que a formação dos alunos seja mais ampla e multidisciplinar.

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Na prática isso significa que o IFBagé além de ofertar as disciplinas técnicas específicas de cada curso – Informática, Agropecuária, Agroindústria ou Informática para Internet -, e as disciplinas propedêuticas – que é uma palavra difícil para denominar aquelas disciplinas que todos nós temos no ensino médio tradicional como Literatura, Matemática, Biologia, etc – se preocupa em fazê-lo através de uma perspectiva social e humanística; voltadas sim para o mercado de trabalho, mas também para a formação de um aluno que atue de forma significativa na sociedade, atento aos direitos humanos e sensível às diferentes expressões da arte. E é aí que entram eventos como esse, que eu falei lá no comecinho do texto, a Gincana de Aniversário.

A Gincana é uma daquelas coisas divertidas que todos nós queríamos ter feito durante a escola, mas poucos tiveram a chance. Durante uma semana as aulas são interrompidas para a celebração do aniversário do IF – motivos não faltam. Bagé toda comemora a vinda de um Instituto Federal para cá – com atividades que incentivam o esporte, a cultura e as artes. O professor de Educação Física, Tiago Hartwig, conta que o principal objetivo da Gincana é integrar o pessoal do campus, professores e alunos, professores e técnicos, técnicos e alunos, mas principalmente, alunos e alunos. Cada turma forma uma equipe, e logo no início do segundo semestre, eles já começam a se preparar. A equipe com maior pontuação no final da Gincana, ganha uma viagem. Tiago afirma, entretanto, que a gincana não é sobre quem é melhor, mas sim sobre a responsabilidade, a disciplina e o trabalho em grupo que eles aprendem a desenvolver durante as atividades. Quando pergunto o que ele achou da exibição dos curtas, ele responde: “Foi admirável, eles têm uma imaginação extremamente fértil”. Não posso deixar de concordar.

Depois da Mostra de Curtas, teve Canto, Dança e Teatro. Foto: João Vicente de Oliveira

Depois da Mostra de Curtas, teve Canto, Dança e Teatro. Foto: João Vicente de Oliveira

 Lisandro ainda acrescenta que atividades como essa incentivam o jogo e o lúdico que frequentemente são deixados de lado na educação. “Os alunos têm que passar por desafios e obstáculos, e isso fortalece o espírito de grupo da turma”. Eu consigo perceber isso só de olhar para os lados: em cada canto um grupo de alunos se ajudando nos últimos preparativos ou parabenizando-se uns aos outros pela última apresentação.

Não fiquei para o final, onde eles revelariam qual equipe ficou em primeiro lugar, os outros compromissos me esperavam. Mas saí de lá com um pouquinho da minha fé na educação restaurada e com uma frase do Paulo Freire na cabeça: “Precisamos contribuir para criar a Escola que é aventura que marca, que não tem medo do risco, por isso recusa o imobilismo. A Escola em que se pensa, em que se atua, em que se fala, em que se ama, se adivinha, a Escola que apaixonadamente diz sim à vida.”. E pra mim, uma escola que para todas as suas atividades e vai assistir seus alunos dançarem, cantarem e atuarem, ou seja, se expressarem, está fazendo exatamente isso. Parabéns, então, ao IF: pelo aniversário e pela iniciativa.

Escrito por Mariane Rocha, bolsista do Laboratório de Leitura e Produção Textutal – LAB (PROEXT-MEC).

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