Ano 04 nº 036/2016 – Vivências em forma impressa

Flávia Azambuja, Melissa Barbieri, Marilaine Castilhos

Nosso olhar diz muito, mesmo quando ele parece não estar atento, quando parece não dizer nada. Ele analisa, filtra, se fixa no que nos chama atenção. É inevitável. É através dele que vemos o que gostamos e também o que não gostamos, assim como a lente de uma câmera que tudo capta. Ou melhor, quase tudo.

Integrando já há algum tempo uma equipe que com certa frequência acolhe novos integrantes e colaboradores e dificilmente se afasta dos integrantes que já passaram, pudemos ver, ouvir e sentir uma série de coisas no tempo que aqui estamos. Em 2015, mais do que nunca. A equipe LAB foi parte de vivências que com toda a certeza fizeram nossos olhares se voltarem para onde antes pouco ou só de longe chegavam. Com parcerias de extrema importância para o andamento do nosso projeto para o ano passado e para a produção da revista, como o professor de Sociologia do IFSul, Lisandro Moura, e a jornalista Giuliana Bruni, fomos a São Miguel das Missões, em visita à Aldeia Alvorecer (Tekoá Koenju), nos deslocamos até o bairro Ivo Ferronato, aqui em Bagé, para conhecer as histórias de luta que foram decisivas para a formação do bairro e recebemos o Teatro VagaMundo, que nos arrancou risadas e belas reflexões sobre a arte de fazer rir.

E foi exatamente celebrando o lançamento de um impresso sobre os nossos olhares e de outros integrantes e colaboradores do Laboratório de Leitura e Produção Textual- LAB, sobre essas e outras experiências, que nos encontramos neste último sábado (18/06).

Em meio a um público ora sorridente, ora sério, ora concentrado, ora envolto em conversas sussuradas, nos dedicamos à tarefa de registrar momentos e percepções- como é de costume da nossa equipe, sempre atrás de fotos e depoimentos-  daqueles presentes no lançamento da revista Diálogos Culturais. Mostrando um pouco do que vimos e ouvimos, seguem alguns desses registros, em imagem e palavra:

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“É muito difícil traduzir vivências em palavras e em imagens, mas ao mostrarmos vários olhares por meio de vários autores atingimos nosso objetivo.”  Mariane Rocha, uma das organizadoras da revista “Diálogos Culturais” em conjunto com Giuliana Bruni.

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“Eu não sabia nada sobre o bairro Ivo Ferronato, é só uma paisagem, passamos e fica pra trás. (…) Acho importante essa iniciativa porque desmistifica a história de violência do bairro, começamos a ver as pessoas com outro olhar.”  Rosana Dutra, professora formada pela Unipampa.

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“A Unipampa mudou a nossa realidade…A expectativa é que as parcerias continuem (…) O lançamento da revista ‘Diálogos culturais’ faz com que muitas pessoas conheçam nossa história de luta no bairro por dignidade” Jandir Paim, morador e um dos líderes comunitários do bairro Ivo Ferronato.

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“Há vários olhares sobre o mesmo tema e também há temas diferentes, assim mostramos a diversidade como gostaríamos. (…) Não é o nosso olhar, único, especialmente sobre o bairro Ivo Ferronato, o olhar e a voz são dos moradores do bairro.” Mariane Rocha.

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“Me senti surpresa (com a revista), começamos um trabalho tão pequeno, tão humilde, jamais pensei que ia chegar a isso. (…) Pra mim, uma revista é muito importante… mostra o valor da cultura.” Irmã Joanita.

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“A universidade perde seu objetivo ao não trabalhar com a comunidade… A revista ‘Diálogos Culturais’ vem agregar mais universidade e comunidade.” Rosana Dutra.

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“Há uma distância enorme entre o bairro Ivo Ferronato e a Unipampa, apesar da proximidade física. Essa ação (lançamento da revista) mostra que é possível sonhar, que é possível estreitar esses laços, mostra que não existe muro que nos separe, mas sim ponte, que é possível atravessar.” Rosana Dutra

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