O que são opções no mercado financeiro? Parte 2

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Por Daniel Gaio

Este é o segundo post da nossa conversa sobre um importante instrumento financeiro chamado Opção, onde estamos descobrindo qual a definição e quais as técnicas para tentar prever tendências futuras nessa classe de ativos.

Hoje vamos conhecer as Puts, vamos descobrir suas características e veremos um exemplo do cotidiano onde uma Put é utilizada.

Put

O direito de venda (Put) dá ao detentor da Opção o poder de vender o ativo-objeto pelo preço estabelecido no contrato da Opção. Quando alguém compra um contrato de Opção de venda (Put), este comprador deve imediatamente pagar um valor à vista (também chamado prêmio), para aquele que o emitiu (o lançador). O lançador assume diante à Bolsa de valores, que vai comprar (obrigatoriamente) o ativo-objeto augurado em contrato pelo preço de exercício (ou strike), se aquele que comprou a Opção decidir exercê-la. No entanto, se o adquirente da Opção decidir não exercê-la, está tudo bem pois este não é obrigado a fazê-lo.

As Opções de venda (Puts) tem como finalidade dar proteção ou, no termo em inglês, hedge, em oposição à desvalorização de um ativo no mercado. O investidor deve comprar uma Put quando identificar que o ativo-objeto tem elevado potencial de desvalorização. E irá vender uma Put se identificar que o ativo-objeto tem elevado potencial de valorização no mercado.

Lucro e prejuízo nas Puts

Quando se compra uma Put, há só uma maneira de lucrar: revendendo-a por um valor (prêmio) maior do que aquele que foi pago. Já o lançador de uma Put (aquele que está vendendo), tem duas formas de lucrar – primeiro seria comprar novamente a Put, mas por um valor inferior àquele recebido quando a vendeu; e segundo seria o caso onde se recebe o valor do prêmio no momento da venda da Put e essa, ao término do contrato, não ter sido exercida.

Agora, o titular pode ter prejuízos ao adquirir uma Put. A primeira forma é se ele vender a Put por um valor (prêmio) mais baixo do que o valor pago na aquisição. A segunda é se não vender a Put ou não exercê-la, situação onde o prejuízo se resume ao valor do prêmio pago. Enquanto que o lançador de uma Put vai ter prejuízo se recomprá-la por um prêmio mais alto do que o recebido quando a vendeu (lançou), a outra situação onde o lançador pode ter prejuízo é quando o titular exerce seu direito de venda e o lançador é obrigado a comprar o ativo-objeto (certamente a um valor abaixo do mercado).

Exemplo de Put

Um exemplo do dia a dia pode ser visto nas seguradoras de veículos, onde o que acontece na prática é que quando o dono de um veículo firma um contrato com uma seguradora, o que, na verdade, ele está fazendo é se tornar titular de uma Opção de venda, e, se ocorrer um sinistro com o veículo, a seguradora emissora do contrato (Opção de venda), se vê na obrigação de comprar o veículo pelo preço de tabela, por mais que o veículo esteja totalmente danificado. Já se não ocorrer nenhum sinistro com o veículo, seu dono já terá pago o prêmio pelo contrato, que geralmente tem duração de 1 ano, e ao final deste período o dinheiro será perdido.

Neste post vimos o segundo ativo da classe das Opções, as Puts. No próximo post, vamos descobrir de que maneira as opções são negociadas, bem como um conceito muito interessante chamado moneyness, não perca!

Daniel é estudante de Engenharia de Computação, sempre buscando aprender novas tecnologias! Valoriza a disciplina e organização juntamente com uma comunicação aberta para o desenvolvimento de projetos. Curioso e gosta de entender o porquê das coisas em detalhes.

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