Ano 06 nº 045/2018 – O caminho até aqui…

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Por Cristhiane Madruga

Meu nome é Cristhiane, tenho 29 anos e hoje curso Tecnologia do Agronegócio, na Unipampa – campus Dom Pedrito.  

O que dizer sobre este novo período de minha vida, que se inicia agora?

Meu sonho sempre foi, ter em meu currículo, um curso superior, mas após minha formatura do ensino médio, eu tinha vontade de fazer Direito, pois anteriormente fiz estágio na Delegacia de Polícia de minha cidade e peguei amor por esta profissão, mas os obstáculos surgiram, minha avó faleceu e era ela quem poderia me dar subsídios para esta tarefa.  

Em 2005, ano em que me formei, conseguir cursar uma universidade, era mais complicado, financeiramente falando. Eu dependia de uma nota excelente no ENEM, me inscrever no PROUNI e torcer para ser engajado em uma universidade particular, no meu caso, na URCAMP, em Bagé, e aí entrava a questão: o dinheiro para me locomover de Dom Pedrito até Bagé, sendo que mal se tinha dinheiro para pagar as contas, imagina pagar o transporte. Hoje, porém, depois de muitas dificuldades, principalmente econômicas, posso finalmente ser chamada de “Bixo”, não do curso de direito, pois meus objetivos, são outros agora, Bixo do Agronegócio, eu sou.  

Mas o que é “Bixo”? Segundo o Doutor GOOGLE: Bixo, nada mais é do que o calouro, que está passando seu primeiro ano de graduação e é visto como “novato”. Aos bixos de todos os cursos, a recepção por parte dos alunos antigos, ou veteranos, é feita através de diferentes formas, no meu caso e de meus colegas, o trote.  

E foi para me enturmar com meus colegas, que resolvi participar do tão famoso trote, que não era obrigatório, nem todos participaram, mas para aqueles que o quiseram, apesar das brincadeiras de nossos veteranos, foi aberta, através delas, uma porta para encontrarmos novas amizades.

Uma das várias brincadeiras de nossos veteranos foi trocar os nossos nomes por novos e estes escritos em placas de papelão, que deveríamos usar durante os cinco dias de trote. Há algo que eles nos falaram e que tem um fundo de verdade, eles nos disseram que provavelmente não iríamos decorar os nomes de todos nossos colegas até o final do ano, mas que o apelido, posto nas placas, esses nós não iríamos nos esquecer. Sei que o trote foi agora, realmente os nomes de muitos ainda não sei, mas os apelidos, sei de todos: Vera Verão, Alemão do Forró, Pitiça, Fiona, Sid, Louva Deus, Zé Orelha, Sombra de Arame… e o meu Karatê Kid, essa vivência eu posso dizer que, apesar de ter sido suja, foi maravilhosa!

Espero seguir com todos eles até o fim desta jornada acadêmica, no qual todos nós temos o mesmo objetivo: se formar. E você que está apenas começando, assim como eu, não desista dos seus objetivos, ou melhor, nunca desista daquilo que você quer, quanto maior for o obstáculo a transpor, mais valorizado será o êxito. Como diz Paulo Coelho, “não desista. Geralmente é a última chave no chaveiro que abre a porta”.

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