Arte em tempos de pandemia

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Imagem: Autora.

Por Ketlin Brockmann Etgeton

         ARTE! Uma palavra pequena, com apenas quatro letras, mas de um grande poder e um amplo significado. 

         Estamos enfrentando tempos difíceis e sombrios em que não sabemos o que está por vir, mas uma coisa é certa: a arte é e seguirá sendo, em muitos momentos, o nosso porto seguro, a nossa fuga da realidade, a ferramenta que irá transformar estes tempos difíceis que estamos vivendo em tempos de aprendizagem e autoconhecimento.

         Com a chegada inesperada da pandemia, deparamo-nos com  uma vida que teve que se reorganizar em um ritmo diferente; contudo, isso fez com que a arte se tornasse a salvadora dos nossos dias de melancolia e estresse. É ela que nos salva do tédio com as lives de diversos artistas, leva-nos a outra realidade com um bom livro, provoca nosso riso ou choro com um filme, faz-nos refletir ao dedicarmos nosso tempo ao desenho, ao crochê ou à maquiagem, ou ainda, mostra-nos que também podemos fazer arte. 

         Já pensou se a dança, a música, a poesia, o artesanato, a fotografia, as novelas e tantas outras manifestações artísticas não existissem, como seriam os nossos dias? Seriam dias nublados, sem cores, sem alegria, seriam dias onde em vez de estarmos vivendo estaríamos apenas sobrevivendo a este caos. 

         A pandemia também fez nascer artistas, mostrou que todos nós podemos ser um pouco Pablo Picasso, Leonardo da Vinci, Shakira, Beyoncé ou Clarice Lispector. Mostrou que podemos viver sem fazer compras, sem sair todo o tempo, mas não podemos viver sem arte, pois é através dela que conseguimos colocar para fora sentimentos que nem sempre conseguimos expressar verbalmente. A arte é como uma amiga companheira que nunca nos deixa e que com ela podemos ser sinceros em relação aos nossos medos e aflições sem ter medo de julgamentos.          

Foi ela, por exemplo, que salvou o dia das mães, o dia dos avós, o dia dos pais e tantas outras datas comemorativas que estão por vir, pois vai ser através de manifestações artísticas e de afeto que as pessoas irão demonstrar seus sentimentos, ainda que de longe. A tecnologia também se associou à arte fazendo até os mais velhos se revelarem grandes artistas – um exemplo disso é o aplicativo Tik Tok, que usa a música e a dança para instigar a criatividade das pessoas.

         Todos nós, em algum momento nesta pandemia, sentimo-nos vulneráveis, mas são tempos como estes que passamos a dar valor às pequenas mensagens escritas por um amigo que está distante, às fotografias de coisas que antes não nos dávamos conta do quão bonitas são, aos desenhos do filho ou irmão, às declamações de poemas de um grande amor, às músicas do artista favorito ou até mesmo apresentações de danças assistidas agora com uma olhar mais apreciador. 

         Muitas vezes não percebemos, mas estamos permeados pela arte; no entanto, ela só se manterá viva se dermos a sua devida importância e percebermos que ela acolhe a todos, independentemente de gênero, raça, idade, pois a ARTE é um universo de infinitas possibilidades.

Ketlin Brockmann Etgeton, tem 16 anos, é aluna do 3°ano da Escola Estadual de Ensino Médio Westfália, no município de Westfália/RS. É apaixonada por novelas e por cachorros. No  tempo livre gosta de assistir séries e filmes, ouvir músicas, fazer bolos. Tem o desejo de viajar pelo mundo e conhecer muitas culturas.

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