Ano 11 Nº 069/2023 – Manual de uma estagiária para outro(a)

Por Jéssica Vitória Pinto Robledo

Um dos momentos mais desafiadores para nós, estudantes de licenciatura, o primeiro estágio, ou a introdução ao estágio, porque, muitas vezes, será o primeiro contato com a sala de aula. Com isso, surgem inúmeros questionamentos em nossa mente, do que se deve fazer, quais serão as metodologias que utilizaremos, se irá dar certo ou não, assim passa a se criar um cenário negativo em nossa mente.

Em um primeiro momento, será necessário visitar as escolas e perguntar se eles estão aceitando estagiários, explicar as horas de observação e a carga horária das regências depois, ou no mesmo dia, levar as documentações (como carta de apresentação, termo de compromisso preenchidos em três vias para coletar as assinaturas), isso demandará um tempo, após ter os termos assinados e as orientações necessárias, você poderá iniciar as observações. As horas de observação serão norteadoras, porque será este o momento de refletir sobre o perfil da turma, o andamento das aulas, ver quantos alunos participam frequentemente, onde poderiam ocorrer alterações para um maior aproveitamento do tempo de aula e quais metodologias ajudariam ao aprendizado e à inclusão de todos os alunos nas atividades. Será nesse momento que você começará a traçar um planejamento com o seu(sua) orientador(a) para desenvolver as horas práticas, portanto, ter uma organização será muito importante para manter a calma quando começarmos a aplicar as sequências didáticas.

Um dos principais inimigos dos professores, muitas vezes, são as distrações dos alunos, devido ao uso excessivo das tecnologias, as redes sociais tornam-se mais interessantes do que aulas de língua portuguesa, mas nós, futuros professores, podemos usar as multimodalidades (imagens, podcasts, vídeos, dentre outros) em sala de aula, relacionando-as com o conteúdo que será apresentando aos estudantes, pois tentar introduzir algo do dia a dia deles pode tornar-se um facilitador das atividades.

O estágio trará para o discente uma experiência única, no qual será colocado como ‘’professor’’ em um campo desconhecido, com isso, ao longo dos dias, involuntariamente, começarão a ser criados vínculos com a turma, isso ajudará muito a conquistar uma boa experiência.

Ter uma finalidade para as sequências didáticas é de suma importância, porque, por mais que ocorram imprevistos e alterações, ter um objetivo ao final das atividades fará com que os alunos vejam o resultado do seu trabalho, por mais que ele seja adaptado para a sala de aula.

 Também é necessário saber que os desafios sempre existirão e ter um planejamento antes de entrar em sala de aula, porque, muitas vezes, ajudará a manter a calma caso o período passe rápido demais, e sempre será bom levar exercícios a mais, porém, às vezes, acontecerá do conteúdo previsto extrapolar o tempo de aula, mas fique tranquilo, porque as aulas serão uma sequência organizada e bem elaborada a serem desenvolvidas gradualmente com auxílio do(a) professor(a)-orientador(a).

Apesar dos imprevistos, é necessário ter um objetivo para o final da sequência, sabendo que os planos sofrerão alterações, e as aulas, muitas vezes, não sairão como você esperava, mas, independente dos obstáculos, será preciso entregar os planos em dia, cumprir os horários para conseguir desenvolver a regência e finalizar o estágio. 

Querido licenciando, espero ter auxiliado na sua trajetória de estágio e desejo que o seu estágio traga a certeza de estar no curso certo e boas experiências. 

Jéssica Robledo é graduanda no sexto semestre do curso Letras/Português, na Universidade Federal do Pampa (Unipampa) — Campus Bagé — RS, bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) Letras.

“Esta é a coluna do PET-Letras, Programa de Educação Tutorial do curso de Letras – Português e Literaturas de Língua Portuguesa, do campus Bagé. O programa, financiado pelo FNDE/MEC, visa fornecer aos seus bolsistas uma formação ampla que contemple não apenas uma formação acadêmica qualificada como também uma formação cidadã no sentido de formar sujeitos responsáveis por seu papel social na transformação da realidade nacional. Com essa filosofia é que o PET desenvolve projetos e ações nos eixos de pesquisa, ensino e extensão. Nessa coluna, você lerá textos produzidos pelos petianos que registram suas reflexões acerca de temas gerados e debatidos a partir das ações desenvolvidas pelo grupo. Esperamos que apreciem nossa coluna. Boa leitura”.   

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