Ano 09 nº 114/2021 – Ana

Por Gabrieli Cougo Gonçalves

Olá, meu nome é Ana e vou contar minha história pra você.

Alguns anos atrás, eu e minha família nos mudamos para uma cidade que se chama Bagé. Minha tia já morava lá há uns anos, eu e minha família estávamos com problemas financeiros e acabamos sendo despejados da casa, minha mãe explicou a situação para a minha tia e ela aceitou que fôssemos morar com ela até nos estabilizarmos.

Aos poucos fomos nos recuperando da crise, minha mãe conseguiu um emprego, meu pai também, e até eu consegui um trabalho. Comecei a cuidar de uma senhora bem velha, com todo o respeito. A casa dela era muito grande e assustadora. Eu até sentia uns arrepios quando estava lá, mas não dei muita importância, até porque a casa não tinha aquecedor.

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Fonte: encurtador.com.br/vAFP1

Passaram alguns dias e as coisas começaram a ficar estranhas, as portas da casa abriam e fechavam, os pratos quebravam, os copos caiam, mas o mais estranho era que a senhora parecia que sabia o que estava acontecendo. Ela agia como se fosse normal tudo aquilo, mas eu sabia que não era normal, a cada dia que passava ficava mais estranho, mais assustador e já estava ficando perigoso. Você acredita que um dia eu estava na cozinha e voou um garfo na minha direção, ainda bem que eu desvie. Ok, voltando à história. 

Passaram algumas semanas e infelizmente o marido da minha tia sofreu um acidente muito grave e acabou não resistindo, então eu pedi para faltar no trabalho para poder ir ao velório do marido da minha tia. Chegando lá, aconteceu o enterro eu e minhas outras tias fomos caminhar no cemitério, e de repente lá estava o túmulo da senhora que eu estava cuidando, na hora eu não acreditei. Então eu comecei a lembrar das coisas estranhas que aconteciam naquela casa, saí do velório e fui correndo para casa, chegando lá eu bati muitas vezes na porta, mas a senhora não atendia, foi quando passou um senhor e eu perguntei se tinha alguém em casa e adivinha: ele me falou que não morava ninguém ali pois a senhora que morava naquela casa tinha morrido há muitos anos. Então, foi quando eu percebi que eu estava cuidando do espírito da senhora, segui minha vida sem falar nada a ninguém porque eu sabia que ninguém acreditaria.

Meu nome é Gabrieli Cougo Gonçalves, eu tenho 14 anos, estudo na escola Padre Germano e gosto de ler e sair. Conto produzido na disciplina de língua portuguesa sob a orientação da professora Flávia Azambuja.

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