Ano 08 nº 064/2020 – A morte
Imagem: Pixabay
Por Flávia Azambuja
A morte
Da senhora infartada.
Da criança desamparada
Praticamente jogada
Do 9º andar.
Por 80 tiros
Porque foi confundido.
Sufocado.
Sem ar.
Por corona vírus.
Sem paz,
Sem auxílio.
Por ter que trabalhar.
Da trans escondida.
Arriscando sua vida.
Em cada esquina
Que cruzar.
E eu aqui sentada
Sem poder fazer nada.
Esperando…
A próxima morte chegar.
Flávia é mestra em Ensino de Línguas, inquieta, professora de português como língua materna e adicional, otimista assumida, co-coordenadora do Lab. Interessada em aprender com tudo e todos.
Comentários
É lindo e triste ao mesmo tempo…
São tempos difíceis… a poesia pode nos salvar a alma, mesmo nos fazendo lembrar da dor que é viver em tempos de loucura.