Ano 08 nº 141/2020 – Junipampa News #3
Por Willians Barbosa
Fundamentalistas religiosos tentam impedir que médico entre no hospital e realize aborto (Pragmatismo Político)
Menina de 10 anos estuprada pelo tio realiza aborto: ao dar entrada em um hospital, no Espírito Santo, informando ter sido vítima de estupro por parte de um tio, foi permitido a uma menina de 10 anos o interrompimento da gravidez. Porém, após ter seus dados expostos pela ativista Sara Winter, um grupo de fundamentalistas religiosos se juntou na frente do hospital, bradando contra o aborto e chamando o médico de assassino.
Aborto em meninas em números: há, em média, segundo a BBC Brasil, seis internações diárias por aborto envolvendo meninas de 10 a 14 anos vítimas de estupro. A cada hora, quatro meninas de até 13 anos são estupradas no país. Em 2020, já foram 642 internações. Desde 2008, 32 mil abortos envolvendo garotas dessa faixa etária. Entre elas, 66% pardas e 28% brancas. Esses dados incluem abortos realizados por razões médicas e espontâneos.
Caso Carrefour: repercutiu essa semana o caso do homem, um funcionário terceirizado do Carrefour, que morreu em um dos hipermercados enquanto trabalhava. Ao invés de o local ser fechado até que o corpo, como sinal de respeito, fosse tirado dali, foram postos vários guarda-sóis para escondê-lo, enquanto tudo funcionava normalmente e continuava gerando lucro. A empresa pediu desculpas à família da vítima, reconhecendo o erro.
Renda Brasil: graças ao auxílio emergencial, o governo Bolsonaro vive o melhor momento em sua popularidade desde o começo de seu mandato. Vários especialistas estão atentos, pois assistência social nunca foi o foco de Bolsonaro – muito pelo contrário. Porém, há assertivas sobre a institucionalização do chamado Renda Brasil, com o mesmo valor mensal do auxílio. 20 milhões de famílias serão beneficiadas, estima o governo.
Nova Zelândia adia eleições: o país oceânico foi, desde o início da pandemia, um exemplo a ser seguido, com poucos casos do novo coronavírus e ações imediatas da premiê Jacinda Ardern. No entanto, um novo surto da doença obrigou a chefe de estado a adiar as eleições gerais. Ao invés do dia 19 de setembro, será realizada 17 de outubro. Depois de ter erradicado o vírus, o país voltou a registrar 9 novos casos segunda-feira e 13, na terça.
Incêndio no pantanal: a região do pantanal mato-grossense está sendo atingida por incêndios. Segundo dados da Secretaria do município, mais de 150 mil hectares já foram queimados apenas nesta temporada. As chamas estão, inclusive, pondo em risco espécies ameaçadas de extinção. Os incêndios começam espontaneamente, devido ao tempo seco na região. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanha de perto a situação.
Greve dos Correios: a greve nacional dos Correios está tendo aderência de 70% dos trabalhadores, tanto do setor operacional quanto do administrativo. Eclodida na última terça-feira, os funcionários reivindicam que a estatal cumpra acordo coletivo que garante uma série de benefícios, como vale-alimentação, auxílio creche, entre outros. Até mesmo medidas de proteção contra o novo coronavírus tiveram que ser acionadas na Justiça.
Prêmio Congresso em Foco: o evento Congresso em Foco anunciou, quinta-feira, os congressistas vencedores da edição. Na modalidade voto popular, o melhor da Câmara foi Marcelo Freixo (PSol-RJ). Na categoria Melhores do Senado, Paulo Paim (PT-RS) levou a melhor. Na modalidade de júri composto por jornalistas, o deputado vencedor foi Alessandro Molon (PSB-RJ) e, como senador, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Onda histórica de frio: nesta quinta e sexta-feira, está passando por praticamente todo o Brasil uma onda considerada histórica de frio. Segundo meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essa é a terceira vez que o fenômeno ocorre no Brasil, porém a primeira com tamanha intensidade. Enquanto o Sul do país está registrando episódios de neve e geada, em Cuiabá, por exemplo, as temperaturas não passam dos 20ºC.
Mulher quebra obra de arte de Romero Britto: viralizou na internet um vídeo de 2017, em que uma mulher quebra uma obra de arte de Romero Britto na frente do artista, como uma lição por ele ter destratado seus funcionários. Antes de quebrar, a mulher, Madelyne, dona de um restaurante vizinho, tira satisfações com ele: ‘’Nunca vá a um restaurante meu e ofenda um funcionário, mas nunca’’. A obra, chamada ‘’big apple’’, custava R$ 25 mil e foi comprada unicamente para este fim.