Ano 12 Nº 085/2024 – A EXPERIÊNCIA DE ESCREVER COM  RIGOR DO TEXTO ACADÊMICO E PAIXÃO

Por Renzo Rueda Vellasmin

No ambiente acadêmico, é comum seguir determinadas normas e regras para descrever e explicar os aspectos teóricos e experimentais de uma pesquisa. Essas diretrizes são fundamentais para garantir a clareza, a precisão e a consistência dos trabalhos acadêmicos, permitindo que outros pesquisadores possam reproduzir e validar os resultados apresentados. No entanto, se essas normas não forem cumpridas, nosso manuscrito corre o risco de não ter o rigor necessário para enfrentar uma avaliação acadêmica por especialistas na área, comprometendo sua credibilidade e aceitação. Portanto, entender e aplicar essas regras é essencial para qualquer pesquisador que deseja contribuir significativamente para sua área de estudo.

Portanto, surge a pergunta: como descrever minha experiência ao aprender um novo idioma seguindo essas normas acadêmicas? Esse desafio pode parecer inicialmente intimidador, pois requer a tradução de uma vivência pessoal e subjetiva para o formato estruturado e objetivo esperado em um trabalho acadêmico. No entanto, ao refletir sobre esse processo, é possível encontrar maneiras de incorporar as diretrizes acadêmicas sem perder a essência da experiência vivida. Assim, cada detalhe pode ser analisado e descrito de forma metódica, proporcionando uma narrativa rica e ao mesmo tempo rigorosa.

Ao contrário do que se poderia pensar, esse processo de aprendizado não foi tedioso ou entediante. Na verdade, posso afirmar que foi uma jornada extremamente prazerosa. Cada aula foi uma oportunidade de descobrir algo novo, de mergulhar em uma cultura diferente e de expandir meus horizontes. O tempo passou rápido justamente porque eu estava envolvido e entretido com o conteúdo. Esse entusiasmo e interesse facilitam a aprendizagem e tornam o processo muito mais eficaz. Além disso, a interação com professores e colegas enriqueceu ainda mais a experiência, proporcionando momentos de troca de conhecimento e vivências que são inestimáveis.

Dessa forma, minha experiência foi conduzida de forma original e dinâmica. Os métodos utilizados foram inovadores e cativantes, combinando teoria e prática de maneira equilibrada. A cada nova lição, habilidades linguísticas eram desenvolvidas através de atividades envolventes e realistas, que iam além dos tradicionais exercícios de gramática. Essa abordagem, que às vezes se tornava um jogo de mistério, não apenas manteve meu interesse, mas também garantiu uma compreensão profunda e duradoura do idioma. O toque de mistério mencionado refere-se à maneira como os conteúdos eram apresentados, sempre com uma dose de surpresa e novidade, mantendo a curiosidade e o entusiasmo sempre altos.

Assim, é importante agradecer por essa abordagem diferenciada que me permitiu incluir nos meus textos acadêmicos não apenas normas e regras, mas também sentimento e coração. A integração desses elementos torna os textos mais vivos e autênticos, refletindo verdadeiramente minha experiência. Portanto, ao seguir as normas acadêmicas, é possível, sim, preservar a essência pessoal e emocional de uma vivência. Isso demonstra que a objetividade e a formalidade exigidas pela academia não precisam ser frias ou desprovidas de humanidade, mas podem, ao contrário, ser enriquecidas por elas, tornando os trabalhos mais interessantes e impactantes.

Isso me faz lembrar da vez em que ouvi como Hans Zimmer, compositor conhecido pela trilha sonora de Interestelar, foi consultado por Christopher Nolan para compor a trilha sonora desse filme. Nolan apenas lhe forneceu uma magnífica história sobre o que significa ser pai, pois era só isso que Zimmer precisava. Depois, quando Zimmer finalmente terminou o trabalho e a apresentou a Nolan, este ficou maravilhado e só então lhe explicou do que se tratava o filme, ou seja, sobre viagens interestelares e paradoxos temporais, enfim, tudo o que você já conhece sobre esse filme. Então, Zimmer perguntou como ele usaria essa composição muito pessoal sobre o grande afeto que Zimmer sentia por seu próprio filho, ao que Nolan respondeu que a usaria como o coração do filme, porque de fato esse era o núcleo dele.

Assim, chego ao final deste texto incentivando outros leitores que escrevam, sempre tenham um núcleo que possa inspirá-los, e talvez alguém em algum lugar do mundo consiga realmente entender o que leu. 

Meu nome é Renzo, sou peruano e atualmente moro em Vitória-ES, onde faço doutorado em Física na UFES. Nas horas vagas, gosto de me manter ativo andando de bicicleta e correndo nos finais de semana. Também sou apaixonado por cinema, música e culinária, que me ajudam a relaxar e me inspiram no dia a dia.

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