Ano 06 nº 009/2018 – Você vive apenas de likes?
Atualmente, não importa se são de cidades grandes ou pequenas, a população mais jovem não consegue ficar um único dia sem postar algo do que estão fazendo seja no Instagram, Facebook, Whattshap ou Twitter. Seus seguidores não conseguem parar de acompanhar, o que os leva a desperdiçarem seus dias quando poderiam estar realizando alguma atividade produtiva ou de seus interesses. A tecnologia das redes sociais está presente em qualquer círculo de convivência atualmente, além disso, seu consumo excessivo acaba afetando diretamente no modo que os sujeitos vivem.
A internet domina a maior parte das ações, que nós, a população mais jovem, realizamos cotidianamente, sendo o Facebook a rede social mais acessada. Segundo estudos feitos pela eMarketer, 95% da população brasileira o utiliza. Entre tantas questões que rodeiam esse assunto, quais seriam os motivos que conferem às redes sociais um papel de grande importância na vida das pessoas?
Basta acordar e abrir uma nova conversa no WhatsApp para saber o que um amigo distante fará no final de semana. Basta abrir o Facebook para conversar por vídeo chamada com um parente de outro estado. Basta fazer uma transmissão ao vivo para que seus seguidores do Instagram vejam o que está fazendo ou como é seu dia a dia. Devido a facilidade de acesso às redes sociais, existe a possibilidade de comunicação instantânea e global. Em questão de segundos uma mensagem chega ao seu destinatário, e em segundos também, a resposta é enviada. Além disso, existe a possibilidade de conseguir comunicar-se com várias pessoas de lugares distintos ao mesmo tempo. Entretanto, será que as redes sociais são de fato um bom recurso na vida das pessoas que a utilizam? Seus usuários estão conseguindo desfrutar dessa tecnologia de maneira equilibrada?
Em primeiro lugar, por meio dos perfis de cada um, é possível localizar informações de todos os usuários, como endereço eletrônico até informações mais pessoais como data de nascimento, endereço fixo, membros da família e lugares que frequenta. A maioria dos usuários acostumam-se a divulgar as atividades que desenvolvem durante os dias, deixando-as expostas para que seus seguidores visualizem. Por consequência, esse costume gera uma alta exposição da vida pessoal, o que permite que qualquer um saiba o que aconteceu durante a semana que possa ter deixado alguém chateado por meio de uma publicação de desabafo no Facebook. Grande parte desses jovens internautas, não veem nenhum mal nisso, e seguem postando mensagens pessoais, por exemplo, quando estão chateados, tristes ou até mesmo bravos com alguma pessoa.
Além dessa exposição a que o indivíduo já está sujeito ao conectar-se às redes sociais, a frequência exagerada pode levar à dependência. Quando nos permitimos ficar online o dia todo, reproduzimos um costume, deixando de lado pendências importantes de nossas rotinas individuais, como por exemplo, estudar para uma prova o que gera uma acumulação de trabalhos. Entramos no Facebook só para darmos uma “olhadinha” e sem que percebamos já se passaram horas e horas perdidas em que poderíamos ter estudado, arrumado a casa, lido um livro ou ido ao super mercado. O Facebook e as outras redes sociais são as maiores ferramentas de procrastinação.
Não há mal algum em compartilhar fotos de momentos importantes ou algum vídeo engraçado na “timeline” do Facebook, mas existe o risco de este hábito se tornar uma ferramenta de procrastinação, o que nos levaria a deixar tudo por fazer, ou se atrasar para algum compromisso ou até mesmo resolver pendências importantes pessoais para ficar navegando nas redes sociais. Além disso, se não conhecemos de fato quem está por trás de todos os perfis e pessoas que nos acompanham, exibindo tantas informações importantes para milhares de pessoas, quem pode nos assegurar que esses dados e conversas estão de fato seguras? É claro que nem todos que dispõem das redes sociais possuem más intenções, entretanto é aconselhável tomar todas as precauções possíveis e zelar pelas informações que estão sendo expostas. Principalmente, é recomendável desconectar-se um pouco e aproveitar para viver um pouco a vida de fato.