Ano 13 Nº 02/2025 Instituto Apakani: Múltiplos caminhos na luta por direitos humanos no Rio Grande do Sul
Por: Antoniel Martins Lopes
A caminhada em direção aos estudos, práticas e conexões com as redes de atuação voltadas às relações étnico-raciais tem permitido dialogar com lideranças preocupadas com diversas pautas alinhadas com a luta antirracista. No texto a seguir tenho a honra de apresentar-lhes a trajetória de trabalho do Instituto APAKANI, presidido por Eliane Almeida de Souza (PhD em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Rio Grande FURG e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande o Sul – UFRGS, Terapeuta das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde – PICS/SUS), contando com a direção do departamento Indígena por Adílio Almeida de Souza (Pesquisador da cultura indígena). Com sede em um bairro da zona leste de Porto Alegre/ RS, o Instituto busca alternativas de soluções para a população negra e indígena no Rio Grande do Sul.
A Caminhada do Instituto Apakani
Eliane explicou que: “O instituto nasce na pandemia de forma virtual em busca de diálogos no campo dos direitos humanos, e vai tomando proporção a cada dia. Hoje atua de forma online e presencial numa residência localizada no bairro Lomba do Pinheiro.” A dimensão do encontro com as diversas lideranças de movimentos sociais locais e do Rio grande do Sul foi destacada pela presidenta do Instituto através de alguns coletivos dentre os quais citou “conexões com os poucos indígenas, quilombolas, imigrantes, periféricos, religiosos e outros que se aprochegam em busca de acolhimento, formação e trocas”.
Fonte: Autor (2023)
A imagem trata de Adílio e Eliane em sua vinda a Bagé como participantes do XXIV Fórum de Estudos – Leituras de Paulo Freire Fronteiras Freireanas, sediado na UNIPAMPA, em maio de 2023.
Além disso, Eliane comentou sobre o alcance transformador na vida dessas pessoas acolhidas, vidas que se comunicam com as ações do Instituto. “As respostas sociais têm sido coletivas e realizadas em rede cada vez mais. Trabalhamos com encontros, oficinas, palestras, cursos e temas que dialogam no campo dos direitos humanos.”
Jornadas de resistência
Considerando o período de fundação do Instituto, durante a pandemia, Eliane pontuou adversidades nas camadas políticas, saúde pública e os recentes problemas climáticos e ambientais, amplificando o andamento dos seus projetos: ”A enchente foi o mais denso. Até hoje seguimos auxiliando as pessoas e servindo almoços. A divulgação pública às pessoas comprometidas para com esta pauta ainda tem sido um dos nossos desafios.”
Além disso, o instituto se posiciona como um espaço de formação e dialoga com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Centro de Assessoria Multiprofissional – CAMP – Porto Alegre, representantes políticos como vereadores, deputados, contando com a parceria do Senador Paulo Paim. Também se comunica com a Universidade Federal do Rio Grande Sul – UFRGS, Escola de Batuque RS, Projeto Linha Viva, entre outras entidades e grupos da capital gaúcha.
Para mais informações sobre os trabalhos do Instituto de Eliane e Adílio, basta acessar os links das redes sociais disponíveis:
Facebook: https://www.facebook.com/people/Instituto-Apakani/100081337269505/ Youtube https://www.youtube.com/@institutoapakani1400,
Instagram: https://www.instagram.com/instituto_apakani/
Whatsapp: (51) 98357-6785
Email: institutoapakani@gmail.com
Rádio Web Negritude, Com Eliane Almeida de Souza – Quartas-feiras – 10h às12h: https://radionegritude.com/programacao/3/
Um Poema Por Dia, com Adílio Almeida de Souza: https://www.youtube.com/@umpoemapordia/videos
Sobre Antoniel Martins Lopes:
Mestre em Música (Etnomusicologia/ Musicologia) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ UFRGS e integrante do Grupo de Estudos Musicais GEM/UFRGS sob orientação da Profa. Dra. Maria Elizabeth Lucas. Licenciado em Música pela Universidade Federal do Pampa/UNIPAMPA (2021). Bacharel em Comunicação Social, habilitação Jornalismo, pela Universidade da Região da Campanha/URCAMP (2012), com especialização em Psicologia Social – Políticas, Políticas Públicas e Movimentos Sociais (2015), pela mesma instituição. Trabalha com educação musical com ênfase terapêutica na APAE – Bagé. Atualmente conclui o Curso de Especialização em Musicoterapia pelo Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro CBM. Professor, baixista e percussionista, tem interesse nas áreas de educação musical, militância negra, estudos étnico-raciais, pesquisa em etnomusicologia, educação especial e práticas sonoro-musicais coletivas em diversos espaços de sociabilidade da cidade de Bagé/RS e região. É colaborador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas Oliveira Silveira.