Ano 12 Nº 017/2024 – O Sucesso e o Abstrato

Por Ana Cristina Miranda

Roteiro: Virginia Simone e Matheus Walter

Empresa produtora: N/A

Produção executiva: Carlos Dias

Direção de produção: Avalanche

Montagem: Virginia Simone

Fotografia: Antonio de Paula, Costa Lima

Trilha sonora: Flávio Chaminé / Musical Saracura / Hermes Aquino / Solon Fishbone

Mixagem: Matheus Walter

Som direto: Lucas Cunha, Pantaleão

Edição de som: Matheus Walter

Elenco: Mariana Pietá, Márcio Petracco, Jupiter Maçã, Bety Coiro Dias, Hermes Aquino, Juarez Fonseca, Silvio Marques, Paco Escajedo, Careca da Silva, Marco Fróes, Antônio Osório da Rocha, Cláudio Levitan, Alexandre Barea, Cláudio Vera Cruz, ngela Moreira Flach, Ricky Bols, Nathalia Kurtz, Carlos Dias, Gilberto Kaplan, Nico Nicolaiewsky, Maria Cristina Gata, Bugo Silveira, Léo Henkin, King Jim, Ana Rita Kurtz, Egisto Dal Santo, Solon Fishbone, Mutuca Weyrauch, Anya Kurtz, Marco Pillar, Cristy Ann

O sucesso e abstrato, um longa dirigido por Virgínia Simone e Matheus Walter, é uma investigação sobre o conceito de sucesso, usando como base a vida de Flávio Chaminé, que foi um sucesso nos anos de 1960 e 2000, tendo sido integrante de bandas como a de Hermes Aquino e o musical Saracura. Flávio Chaminé nasceu em Porto Alegre e se tornou um grande sucesso na música devido ao seu incrível talento no baixo. Segundo o documentário, Flávio também levava uma vida simples e com pouca grana, mas feliz e satisfeito.

O longa começa com uma gravação de uma fita muito antiga que, segundo os diretores, foi achada na rua, e daí surgiu a ideia de gravar esse documentário, em que uma pessoa está na rua entrevistando várias pessoas com a seguinte pergunta “ O que é o sucesso?”. De acordo com cada pessoa entrevistada, o conceito de sucesso vai variando, até chegar em uma pessoa específica que fala que o sucesso para ela é a música, e aí começa o documentário com pessoas que conheciam o Flávio Chaminé e contam como foi a vida dele, como ele virou um músico de sucesso e o quanto cada pessoa o admira.

Ao longo de cada entrevista no documentário, aparece uma pessoa da gravação do começo respondendo o que seria o sucesso, até certo ponto onde as entrevistas mudam de pergunta e começam a questionar “O que é o abstrato?” e pessoas falam que é algo diferente, algo que não se pode explicar, e, em paralelo com isso, tem as pessoas que conviveram com o Flávio contando histórias da sua vida.

O longa é muito emocionante e muito cativante de assistir. Ver e ouvir pessoas falando sobre alguém que marcou uma geração e marcou a vida delas de uma forma genuína e com brilho nos olhos é lindo. É surpreendente perceber o quão uma pessoa pode influenciar a vida de outras pessoas de uma forma boa e diferente, e tudo isso fazendo o que gostava e o que ele acreditava que era certo, trazendo à tona o melhor lado de todo mundo ao seu redor, e impactando uma geração com sua música e carisma.

O filme tem uma frase dita por um homem entrevistado na fita que encontraram que me deixou intrigada e pensativa, em que perguntam para ele o que seria o sucesso e ele responde: “Pra mim não existe sucesso, é tudo tumulto”.

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