Ano 13 Nº 53/2025 Guerra em Gaza: a ganância disfarçada no direito de se defender.

Por: Ana Paula Fontoura Pinto

Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/mulher-palestina-hijab-7412494/ 


Não dá para compreender como a Europa e os Estados Unidos da América  ainda não tomaram uma atitude em relação ao governo Israelense quanto ao genocídio em Gaza, Palestina! 

Gaza é considerado o maior campo de concentração a céu aberto do mundo. Há muitas décadas sofre com diversas injustiças e opressões vindas de Israel: cortes de luz, invasões de terras para a fundação de colônias judaicas em territórios tomados pelo governo extremista de Netanyahu.

Antes que digam que isso é antissemitismo, como faz o governo de Israel todas as vezes que suas ações são questionadas, principalmente sobre o povo palestino, fique sabendo, caro leitor, que as atitudes do governo israelense em relação ao povo palestino devem ser contestadas e impugnadas por todos. Porém, as atitudes tomadas pelo governo sionista não podem servir de pretexto para tratarmos o povo judeu como Hitler fez durante a Segunda Guerra Mundial. Este povo merece nosso respeito e admiração, pois o mesmo se caracteriza pela diversidade étnica, cultural e geográfica.

Aqui estamos nos referindo a monstros vestidos de seres humanos usando uma desculpa esfarrapada para atacar um povo de estrutura militar medíocre, comparado a um dos exércitos mais poderosos do mundo.  Vale a pena ressaltar que nem todos os judeus israelenses estão matando, porém tem muitos deles que estão apoiando esta barbárie, inclusive, fazendo passeios para assistirem os bombardeios; dizendo aos quatro cantos que todas as crianças são Hamas e que merecem morrer. 

Talvez isso seja resultado de discursos de ódio contra o povo árabe, diluído há anos pelo ocidente. Deixo bem claro que há coisas no mundo árabe com que não concordo, como a opressão às mulheres, especialmente em culturas onde há fundamentalismo religioso, no entanto não é justificativa para travar uma guerra tão desigual. 

Dia 09 de setembro de 2025, Israel bombardeia a cidade de Doha, capital do Qatar, exatamente quando a alta cúpula do Hamas (terroristas que foram financiados por Israel para derrubar o governo anterior palestino, o Fatah) estava negociando juntamente com o governo catariano ações que possam promover a paz entre as nações. 

O Emir catariano prometeu uma ação dura contra Israel e, em consequência disso, a comunidade árabe se reúne, em caráter de emergência, para discutir e revisar suas relações com Israel. O governo espanhol pede para que o país sionista não participe da próxima edição dos Jogos Olímpicos. 

O que tanto o governo dos Estados Unidos da América apoia neste governo sionista tão indigesto? Deixo para vocês, leitores, tirarem suas próprias conclusões. 

Tenho a impressão de que a paz não interessa ao país sionista. Digo isso destacando sobre o quanto a Palestina é importante economicamente tanto para Israel quanto para os países que estão quietos. O país árabe exporta cimento, mármore, metais básicos, móveis, plásticos e laticínios. 

Mas sabe em que a Palestina é rica? Em petróleo e gás natural.

Está aí o motivo do governo de Israel insistir em ter o direito de se defender, apoiado pelos Estados Unidos e inicialmente pela Europa. Porém, não contavam com uma guerra que está durando dois anos e, como resultado disso, uma crise humanitária implacável na qual Israel impede, de forma contínua, a entrada de mantimentos enviados pela ONU. Não contavam com o apoio de muita gente do cinema, do esporte, entre outros, pela fundação do estado palestino e israelense.  

Durante a Assembleia da ONU deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar os ataques israelenses contra o povo palestino, classificando novamente como genocídio. Na mesma fala, o presidente alertou para o risco do desaparecimento da Palestina e acusou a cumplicidade de países que poderiam encerrar o conflito, mas ainda não fizeram nada a respeito. Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez um dos discursos mais duros aos Estados Unidos e à Organização das Nações Unidas. Petro acusa Trump não somente por deixar cair mísseis nos jovens no Caribe, por encarcerar em massa e deportar indiscriminadamente imigrantes, mas também por permitir o lançamento de mísseis em crianças, velhos e mulheres em Gaza. Afirma que o que está acontecendo em Gaza é um genocício, que antes era um feito dado ao regime nazista, de Hitler e acusa a ONU de ser testemunha muda perante o que está acontecendo em Gaza. 

Sinceramente, após o que aconteceu em Doha, acredito que o governo de Israel não quer nenhum acordo e muito menos apoiar um Estado Palestino. Na verdade, eles querem o extermínio, sob pretexto religioso, de um povo que está lá desde o Egito Antigo, quando tanto árabes quanto judeus viviam de forma harmoniosa até a colonização da “bendita Inglaterra”. 

Infelizmente, estão abatendo um povo feito lebre na floresta. Palestina livre!

Referências

Catar promete responder a ataque de Israel contra Hamas em Doha. Disponível em: https://share.google/3toFQP9sz7reelGzO. Acesso 17 set. 2025. 

CNN Internacional. A história de Gaza: como era o território quando foi criado e como é hoje. Disponível em: https://share.google/uz1VDCO0UTmeQBu4W . Acesso 17 set. 2025. 

Massacre na Palestina sepulta “mito da superioridade ética do Ocidente”, diz Lula na ONU. Disponível em: <https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202509/massacre-palestina-sepulta-mito-superioridade-etica-ocidente-lula-onu>. Acesso em: 26 set. 2025.

Premiê da Espanha pede exclusão de Israel de competições internacionais por ações em Gaza. Disponível em: https://veja.abril.com.br/mundo/premie-da-espanha-pede-exclusao-de-israel-de-competicoes-internacionais-por-acoes-em-gaza/. Acesso 17 set 2025. 

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