Ano 13 Nº 33/2025 Dossiê – A Escrita de Memorial Escolar/Acadêmico de Christian de Vargas Jardim
Por Christian de Vargas Jardim

RESUMO: O presente memorial acadêmico relata a trajetória de Christian de Vargas Jardim até sua inserção na carreira acadêmica, destacando momentos marcantes, dificuldades enfrentadas e os aprendizados adquiridos desde o ingresso na universidade. O relato compreende o período desde antes da escolha do curso de Engenharia de Computação na Universidade Federal do Pampa, incluindo experiências escolares e vivências extracurriculares que influenciaram essa decisão, até a elaboração do presente memorial durante a cadeira de Produção Acadêmica Científica. O texto também aborda as novas experiências vivenciadas após o ingresso no curso, como os desafios enfrentados, as estratégias adotadas para superá-los, os novos modos de aprender, bem como o contato com colegas e professores da área — e de outras áreas — de conhecimento. Além disso, são destacadas as primeiras experiências profissionais do autor, incluindo seu primeiro emprego e estágio na área de formação. Por fim, o memorial apresenta as perspectivas futuras do autor, seu desejo de continuar estagiando na empresa atual, o reconhecimento da área específica do curso em que deseja se especializar e seu interesse por experiências no campo do ensino.
Palavras-chave: memórias; universidade; discente
- INTRODUÇÃO
O memorial é um texto escrito em primeira pessoa, no qual se apresenta, de forma histórica e reflexiva, a trajetória acadêmica do autor. Ele relata momentos relevantes acompanhados de suas respectivas avaliações, refletindo sobre os impactos positivos e negativos decorrentes dessas experiências (BRASILEIRO, 2024). Este é o primeiro memorial que escrevo e também meu primeiro contato formal com esse tipo de texto. Para orientar sua elaboração, utilizei como referência o livro Como produzir textos acadêmicos científicos, publicado em 2024 por Ada Magaly Matias Brasileiro, especialmente a seção 4.11, na qual a autora aborda especificamente a escrita de memoriais.
Com base nesse estudo, organizei este memorial nas seguintes seções:
- 1 – Introdução: Apresentação geral do tema e explicação sobre a estrutura adotada no trabalho.
- 2 – Identificação: Uma breve apresentação pessoal, incluindo aspectos da minha identidade, trajetória escolar e experiências marcantes anteriores ao ingresso na universidade.
- 3 – Escolha: Relato do processo de decisão pelo curso de graduação.
- 4 – Discente: Compartilhamento das minhas vivências enquanto estudante universitário, incluindo experiências com a universidade, professores e colegas e minha experiência no primeiro estágio.
- 5 – Para o futuro: Exposição das minhas expectativas e metas futuras, tanto acadêmicas quanto profissionais.
- 6 – Conclusões: Uma síntese dos principais pontos abordados ao longo do memorial.
- 7 – Referências: Lista das obras utilizadas como base para a elaboração deste texto.
- IDENTIFICAÇÃO
- UM POUCO SOBRE MIM
Nasci e resido na cidade de Bagé, localizada no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Sou o filho mais velho de dois irmãos, com uma diferença de 17 anos entre mim e minha irmã. Atualmente, moro com ela e com nossos pais, que sempre me incentivaram a estudar e a buscar uma formação acadêmica.
Durante a infância, eu não era uma criança muito bagunceira. Gostava mais de praticar esportes e atividades físicas, como andar de bicicleta. Já na adolescência — período marcado pela descoberta pessoal e pela ampliação da minha visão de mundo — foi quando surgiram as primeiras paixões genuínas pela tecnologia e pelo universo digital.
Essa paixão nasceu, não por acaso, após a instalação de internet Wi-Fi via rádio em nossa casa, o que me apresentou a um mundo completamente novo. Passei a dedicar horas navegando na internet, explorando diversos tipos de conteúdo. Entre eles, um em especial se destacava: os detonados.
Já nutria um gosto por videogames, pois costumava jogar com amigos e primos, mas esse interesse cresceu ainda mais com o acesso à internet. Isso me permitiu conhecer novos jogos, interagir com jogadores de outras cidades e estados, e consumir conteúdos relacionados aos jogos que eu estava jogando. Os detonados, especificamente, são guias criados para ajudar jogadores a completarem 100% dos objetivos de um jogo — o que me proporcionava grande satisfação.
Atualmente, não tenho mais o mesmo entusiasmo da infância e adolescência por videogames, mas ainda gosto de consumir mídias relacionadas. Sem dúvida, o gosto que
tenho hoje por lógica e resolução de problemas nasceu dessa experiência. A energia para criar estratégias de resolução e a emoção ao vencer um desafio ou puzzle certamente evoluíram a partir dos jogos que me acompanharam por tantos anos.
- FORMAÇÃO ESCOLAR
Até os seis anos de idade, eu e meus pais morávamos na casa da minha avó paterna. Foi nesse período que frequentei uma escola pública localizada no mesmo bairro, onde cursei a pré-escola. Com a transição para o ensino fundamental, meus pais optaram por me matricular em uma escola particular. Um dos principais motivos dessa mudança foi o fato de termos nos mudado da casa da minha avó. Como tanto meu pai quanto minha mãe tinham jornadas de trabalho longas, era necessário que eu estudasse em uma escola próxima ao local de trabalho da minha mãe, facilitando para que ela pudesse me levar e buscar com mais facilidade.
Nessa escola particular, cursei os dois primeiros anos do ensino fundamental. No entanto, devido a diversos fatores, como o aumento no valor da mensalidade, precisei sair da instituição. Foi então que ingressei em uma nova escola pública, onde permaneci até concluir o ensino médio. Esse foi o ambiente em que vivi as principais experiências escolares e formativas, inclusive aquelas que exerceram forte influência na minha escolha atual de universidade e de curso.
- ESCOLHA
- PERÍODO DE DÚVIDAS
Apesar do meu gosto por videogames já bastante presente na adolescência, durante os dois primeiros anos do ensino médio — e por boa parte do terceiro — eu ainda não tinha clareza sobre qual carreira seguir ou qual curso escolher. Embora os jogos digitais estejam ligados à área da tecnologia, que é bastante ampla, eu não compreendia bem como funcionava o mercado de trabalho nesse setor, o que me deixava cheio de dúvidas.
Essa incerteza contrastava com a aparente convicção de alguns colegas, que já tinham definido suas escolhas acadêmicas e profissionais — alguns até já trabalhavam na área de interesse. Eram profissões que eu conseguia identificar com facilidade na época, como engenheiro civil, médica, veterinária, jornalista e militar.
Essa fase de dúvidas se estendeu até a metade do terceiro ano, quando tomei minha primeira decisão concreta: seguir a carreira militar. Essa escolha, no entanto, não foi motivada por um sonho ou vocação, mas sim por uma percepção de viabilidade e oportunidade. Eu já havia completado dezoito anos e estava em ano de alistamento obrigatório no Exército, o que tornava essa opção mais “palpável” naquele momento.
- FALSA CERTEZA
Cumpri com todas as obrigações do alistamento e, ao final do ano, recebi a informação de que havia sido selecionado. Fui designado para uma base específica e recebi a data em que deveria me apresentar. Chegado o dia, compareci ao quartel e fui informado de que eu e os demais recrutas passaríamos por três dias de treinamento antes da oficialização como soldados.
O primeiro dia foi cheio de surpresas e experiências novas. Embora não fosse exatamente o que eu esperava, decidi continuar. Porém, no segundo dia, tudo mudou. Durante as atividades, comecei a refletir profundamente sobre o que estava fazendo ali. Embora as tarefas fizessem sentido dentro do contexto militar, eu não encontrava nelas um propósito pessoal. Não conseguia me visualizar, no futuro, atuando como militar. Essa
constatação foi decisiva.
No terceiro dia do treinamento, pedi para me retirar. Conversei com o comandante e expressei minha decisão de não continuar. Para minha surpresa, ele compreendeu e aceitou o pedido. Fui então dispensado antes mesmo de ser oficializado como soldado.
- REALIZAÇÃO
Com o plano principal descartado, me vi desempregado e sem matrícula em nenhum curso técnico ou superior. Era hora de parar, refletir e decidir um novo rumo para minha vida acadêmica e profissional. Durante esse período, comecei a trabalhar como autônomo na área de Tecnologia da Informação (TI), realizando manutenções e consertos de computadores, além de produzir artes gráficas para conhecidos. Tudo isso com base nos conhecimentos que já possuía e por meio de estudo autodidata. Mesmo assim, ainda não tinha certeza se essa seria minha trajetória definitiva.
Foi então que surgiu a oportunidade de fazer o ENEM. No ano anterior, eu havia optado por não fazer a prova, pois estava focado na carreira militar. Desta vez, no entanto, decidi prestar o exame com o objetivo de ingressar em uma universidade pública e obter uma graduação. Estudei e fiz a prova nos dois dias, restando apenas esperar pela divulgação das notas — que só ocorreria no início do ano seguinte. Esse período de espera me deu tempo para refletir sobre qual curso escolher.
Embora eu não tenha decidido por um curso específico, defini três opções de interesse: Engenharia de Software, Letras e Ciências Contábeis. Hoje percebo que essa variedade reflete a indecisão que ainda existia em mim, mas cada escolha tinha um motivo: a paixão por lógica e tecnologia motivava a Engenharia de Software; o gosto pelo ensino e pela partilha de conhecimento apontava para Letras; e o interesse por matemática e economia me levava a considerar Ciências Contábeis.
As notas do ENEM foram divulgadas e o período de inscrição no SISU se iniciou. Meus resultados foram bons, abrindo várias possibilidades de cursos. No entanto, entre os cursos disponíveis para Bagé, não havia nem Engenharia de Software nem Ciências Contábeis. Como estudar fora da cidade não era viável, minha primeira escolha foi Letras, ofertada pela UNIPAMPA.
O SISU permite selecionar dois cursos. Enquanto buscava uma segunda opção, descobri o curso de Engenharia de Computação, também da UNIPAMPA. Eu não o conhecia bem, então fui pesquisar mais profundamente. A cada informação que encontrava, sentia que as peças se encaixavam. Como eu já trabalhava com manutenção de computadores, o curso parecia fazer muito sentido com minha trajetória e interesses. Por isso, mudei minha escolha principal para Engenharia de Computação e deixei Letras como opção secundária.
Finalizado o processo de inscrição, veio o resultado: fui aprovado em Engenharia de Computação. A felicidade foi imensa — eu finalmente sentia que estava no caminho certo. Fiz a matrícula, entreguei os documentos exigidos e, depois de alguns dias, recebi a confirmação: matrícula concluída. Agora era hora de preparar os materiais e me organizar para ingressar na vida acadêmica.
- DISCENTE
- CALOURO
Eu já conhecia superficialmente o campus Bagé da UNIPAMPA. Tive meu primeiro contato com ele durante uma feira de profissões realizada pela universidade, no final do terceiro ano do ensino médio. Minha escola participou como visitante, e essa foi uma
oportunidade interessante para conhecer um pouco do ambiente acadêmico. No entanto, na época, como minha intenção era seguir carreira militar, não procurei informações sobre cursos da área de computação, embora tenha aproveitado a visita para explorar outras possibilidades.
O primeiro dia de aula — assim como a primeira semana — foi tranquilo, apesar do meu conhecimento limitado sobre como funcionava a vida acadêmica. O contato com os novos professores e colegas, especialmente os da turma de Engenharia de Computação, foi bastante motivador. Os docentes apresentavam currículos acadêmicos extensos, cada um com sua área de especialização, e os colegas demonstravam já estar inseridos no caminho profissional que desejavam seguir. Essa atmosfera inicial me deu segurança e confiança na minha escolha.
O contato com outros colegas de disciplina que faziam cursos diferentes do meu também era bem interessante, principalmente com os trabalhos em grupos que vieram a frente. Durante esses trabalhos, formei grupos com colegas de outros cursos. Essa diversidade permitiu uma rica troca de experiências e saberes, já que cada integrante contribuía com conhecimentos específicos da sua área.
Porém, apesar da motivação inicial, a transição para a vida acadêmica apresentou seus desafios. Como mencionei anteriormente, eu tinha apenas um conhecimento básico sobre o funcionamento da universidade, o que me impactou bastante após a primeira semana de aulas.
Uma das maiores mudanças foi a forma como o conteúdo era transmitido. Diferente da escola, onde os professores geralmente escreviam no quadro e propunham exercícios diretos, na universidade muitos utilizavam apresentações em slides, promoviam discussões em sala e aplicavam atividades por meio de plataformas de ensino a distância (EAD). Isso exigiu de mim uma nova postura como estudante.
Tive que aprender a anotar apenas os pontos-chave das aulas para não perder as explicações, buscar os livros indicados pelos professores como material complementar, e estabelecer uma rotina de estudos fora da sala de aula. Aprendi a organizar meu tempo para estudar os materiais disponibilizados online e a participar mais ativamente das discussões propostas, o que mostrou resultados positivos ao decorrer desse primeiro semestre.
Outro grande desafio foi o deslocamento entre minha casa e a universidade. O campus fica a mais de 8 quilômetros da minha residência, e o trajeto exige o uso de dois ônibus — um para ir e outro para voltar. Esse sistema de transporte público, além de ineficiente, frequentemente apresenta problemas como atrasos, superlotação e, em algumas ocasiões, até paradas inesperadas por defeitos mecânicos. Essa situação persiste até hoje, durante a escrita deste memorial, sendo uma das minhas maiores fontes de estresse. Ainda assim, busco lidar com essas dificuldades com paciência, entendendo que elas fazem parte do processo de adaptação à vida universitária.
E chegando ao final desta primeira etapa do curso, consegui concluir o primeiro semestre com aprovação em todas as disciplinas em que eu estava matriculado. O meu desempenho foi mediano, conseguindo boas notas no início do semestre, porém baixando elas no final. Isso mostrou que eu precisava melhorar o meu desempenho, ressaltando os pontos que eu já havia identificado que precisava melhorar no início e entender e superar outras dificuldades que eu tinha, ficando isso para ser trabalhado no período de férias do meio do ano e para o segundo semestre.
- SEGUNDA ETAPA
O período letivo do segundo semestre chegou e eu já estava mais preparado e mais acostumado com o ritmo da universidade, o que surgiu de novo foi a escolha de quais disciplinas eu iria cursar durante ele. Para o segundo semestre percebi que haveria um aumento na carga horária do semestre, então decidi não me matricular em todas as cadeiras propostas para ele, isso também foi devido à uma outra decisão que eu tive durante o período de férias: iniciar a realização de ACGs.
As Atividades Complementares de Graduação (ACGs), eram atividades extracurriculares que eram requisitos obrigatórios para a conclusão do curso, sendo medidas em carga horária. O curso da Computação possui suas matérias principais oferecidas no período noturno, o que me impossibilita de participar dessas atividades nesse turno, restando os turnos da manhã e tarde. Esses outros dois turnos serviam para eu estudar e fazer os meus trabalhos, mas como o início do semestre foi tranquilo, decidi me inscrever em algumas.
Uma atividade destacada na qual eu participei como voluntário durante o segundo semestre foi a Feira de Profissões de 2024, que aconteceu no próprio campus Bagé da UNIPAMPA. Eu obviamente me candidatei para o stand da Engenharia de Computação, recebendo o convite pelo Diretório Acadêmico da Engenharia de Computação (DAEC), o qual preparou atividades com robôs, videogames e outros componentes eletrônicos. Essa experiência foi incrível, pois estava participando novamente de uma feira de profissões, mas agora estava do outro lado, divulgando o curso que escolhi para outros estudantes do Ensino Médio e Fundamental.
Ter esse contato com alunos do ensino médio e fundamental me impactou de forma muito positiva, pois eu estava fazendo parte – mesmo que talvez de forma pequena – na decisão dos alunos – ou pelos menos de alguns – que visitavam o nosso stand. Durante essa experiência pude desenvolver melhor os conhecimentos que havia aprendido até agora com o curso e também melhorar a minha comunicação, interagindo até mesmo com os professores e professoras das escolas visitantes, apresentando as atividades que foram preparadas e como seus componentes funcionavam.
Essa oportunidade também serviu para conversar com os veteranos do curso e ver as disciplinas que me aguardavam no futuro, o que me fez ficar interessado em certas áreas da computação que foram aplicadas em certas atividades. Porém, mesmo com esse vislumbre do futuro, eu estava com dificuldades no presente.
Para esse segundo semestre o objetivo de melhorar nos estudos estava firme, só que havia ainda outros dois fatores que dificultaram isso: o aumento da carga horária e o aumento da complexidade das disciplinas. Isso não era surpresa para mim, mas com o decorrer do semestre foi ficando notável que eu não estava conseguindo lidar bem com isso.
Ao final do semestre notei que aconteceu o mesmo que o anterior: notas altas no início e baixas no final. Mesmo assim, consegui notas medianas novamente nas disciplinas, conseguindo aprovação em todas elas, com exceção de uma: Cálculo A. Essa reprovação não me afetou muito, pois tive dificuldade com ela desde o início, mas mesmo assim fiquei com o sentimento de insuficiência, eu tinha que melhorar para o terceiro semestre.
- ATUALMENTE
Durante o período de férias, o planejamento para o terceiro semestre agora, além de melhorar nos estudos para as próximas disciplinas, continha rever e estudar uma disciplina que ficou para trás. Nesse mesmo período, também apareceu uma nova oportunidade que não estava nos planos: uma oportunidade de estágio na minha área.
Eu já sabia que conciliar a universidade com o estágio não seria fácil, mas eu decidi aceitar o desafio, afinal era uma grande oportunidade para aplicar de forma prática os meus conhecimentos e também aprender novas coisas. O estágio era na Prefeitura Municipal da cidade, o que deixava claro que não haveria possibilidade de uma contratação ao final do estágio, como poderia haver em uma empresa privada.
Me inscrevi e fui selecionado para a primeira chamada dos candidatos, iniciando então o estágio na Secretaria Municipal de Assistência Social, do Trabalho e Direitos do Idoso (SMASI), na ocupação de técnico em informática. Inicialmente comecei dando assistência à apenas um dos setores dentro da secretaria, mas logo após duas semanas passei a atender toda a secretaria como também: casas de acolhimentos, centros de ensinos e cadastramento.
Após alguns dias já atendendo toda a secretaria, me veio uma proposta inesperada: ministrar uma oficina sobre aplicativos de celular no Centro do Idoso. Está sendo uma experiência completamente nova, já que nunca havia tido experiência alguma ministrando aulas, mas o acolhimento dos funcionários e a simpatia dos alunos me estimulam a continuar.
Agora falando sobre a universidade, para esse semestre me matriculei em algumas disciplinas novas, Cálculo A – com o objetivo de ser aprovado agora – e a cadeira de Produção Acadêmico Científica, a qual foi a disciplina do segundo semestre que eu não me matriculei e é durante ela que estou produzindo este memorial. Até o presente momento, de maneira geral, tem sido difícil conciliar o estágio com as disciplinas, pois trabalho em dois turnos: manhã e tarde, sendo esses os turnos que eu reservava para estudar em casa.
Especificamente para a disciplina de Produção Acadêmico Científica, me deparei com conteúdos novos, pois não possuía contato com textos acadêmicos antes da universidade e nos meus dois semestres nela o meu sentimento sobre tais textos era pouco. Mesmo assim, não encontrei muitas dificuldades, as aulas se mostraram didáticas e o professor atencioso – a turma possuir apenas quatro alunos eu acho que ajudou. Eu poderia ter tido um desempenho melhor nas aulas anteriores a escrita deste memorial, principalmente quanto a leitura prévia dos materiais disponibilizados pelo professor para o diálogo nas aulas, mas tenho certeza que me dediquei e que com certeza o aprendizado que tive foi proveitoso.
- PARA O FUTURO
Falando sobre o futuro, pretendo continuar no estágio que estou, até o término dele. Está sendo uma experiência incrível, poder pôr em prática os meus conhecimentos que aprendi na universidade e ministrar as aulas no Centro do Idoso onde desenvolvo minha oratória e comunicação.
Também estou à procura de uma área de especialização, tendo duas possibilidades em mente: robótica e ensino. A robótica é devido a experiência que tive no segundo semestre durante a feira de profissões; o ensino é devido a atual experiência que estou tendo no Centro do Idoso, ministrar as aulas despertou em mim um desejo de explorar mais a área de ensino.
- CONCLUSÕES
Eu já possuía um gosto por tecnologia desde a infância, mas durante a adolescência me encontrei perdido sobre o que seguir; acabei tomando uma decisão que achava ser o certo para mim, o que acabou não sendo. O período para decidir o que cursar novamente não foi conturbado, a área com a qual eu trabalhei nesse período influenciou a escolha do
curso.
Após entrar na universidade tive, e estou tendo, ótimas experiências, desde
experiências acadêmicas até profissionais, com destaque para umas que eu nem esperava. Tive vários desafios, alguns conseguem, outros ainda enfrento e novos surgiram, mas continuo enfrentando-os, com o objetivo de sempre melhorar. E para o futuro, pretendo continuar no estágio e estudar mais a área em que desejo me especializar das opções que possuo em mente.
Concluindo, foi uma boa experiência cursar a disciplina de Produção Acadêmico Científica, devido ao aprendizado sobre acadêmicos e a escrita deste memorial. Com certeza esta foi uma ótima experiência não somente pelo conhecimento acadêmico obtido, mas também sobre o exercício de autoconhecimento.
- REFERÊNCIAS
BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Como produzir textos acadêmicos e científicos. São Paulo: Contexto, 2024.
Este texto faz parte de um dossiê. Leia o conteúdo na integra:
Texto 1: https://junipampa.info/educacao/ano-13-no-31-2025-dossie-a-escrita-de-memorial-escolar-academico-de-alunos-as-de-engenharia-no-componente-curricular-producao-academico-cientifica/