Ano 08 nº 211/2020 – Eleição de vereadores

Por Leandro de Araújo

Oi! Tudo bem com vocês?

Estou aqui para conversar com a galera que nesta época do ano vem às redes sociais para postar “textos politizados” para reclamar dos vereadores que, além de fazerem um péssimo trabalho em sua gestão, aparecem apenas nesta época, para pedir seu voto. 

Vou fazer uma pergunta muito simples: Nesses últimos quatro anos, quantas vezes tu lembraste do teu vereador eleito? Pergunto, porque, desculpa franqueza, a culpa dessas pessoas estarem no legislativo municipal é nossa, dos eleitores. 

Sério! Eles não vão parar lá porque alguém os conjurou em algum feitiço ou através de um “jutso de invocação”. São pessoas escolhidas por um grande número de outras pessoas que, ao abandoná-las em sua representatividade, sentem-se livres para não representar ninguém. 

O vereador é um representante das pessoas em um nível muito íntimo, politicamente falando. E por ser da cidade, o burgo, a comuna, devem estar próximos aquilo que a comunidade considera mais importante para si. Quando o trabalho de um vereador é ruim, isso não é apenas uma questão dele te procurar a cada quatro anos, mas de seu principal avalista lembrar dele também apenas nesse período. 

As câmaras municipais costumam ser espaços abertos. Os gabinetes dos vereadores também. Então, mesmo que teu candidato não tenha sido eleito nas últimas eleições, os que lá estão foram escolhidos pela comunidade em que tu vives, e pode ser cobrado por ti também. O buraco no chão, o poste sem lâmpada e a limpeza pública não serão solucionados pelo Facebook, e mesmo não sendo função principal do vereador, ele é a representatividade política mais próxima a ti. Então cobra dele!

A propósito, tu acompanhaste o trabalho do TEU vereador nesses quatro anos? O que ele fez de bom? E de ruim?

Uma das grandes incoerências políticas em nosso país é tratar a questão política como os torcedores tratam os times de futebol, pois como são passivos, não podem fazer mudanças táticas ou de plantel, apenas reclamar quando o jogo termina. No jogo político, todos somos os responsáveis pela escalação do time, pelo esquema de jogo e pelas substituições. E se deixar para pensar nisso apenas nos quarenta e cinco minutos da etapa final, vamos perder sempre.

Um abração!

Leandro de Araújo

 

Leandro de Araújo, acadêmico de Letras Língua Portuguesa da UNIPAMPA, Polo de Esteio/UAB. Atuo há vinte anos como profissional de Tecnologias Educacionais. Apaixonado por escrever, sou o autor do blog https://blogdoleandroaraujo.blogspot.com/  e tenho um livro publicado pela Amazon chamado “A menina que podia voar e outros contos”. Sou um dos responsáveis pelo Projeto Aquecimento Cênico, que há 14 anos trabalha expressividade corporal e facial, inteligência emocional e relações interpessoais com equipes.

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