Ano 07 nº 082/2019 – Fazer aniversários

Por Willians Barbosa

Fazer aniversários

Estou desacostumado a escrever textos intimistas e reflexivos. Jamais escrevi o famoso textão no Facebook, por exemplo. No entanto, hoje decidi fazer diferente, ainda que eu não saiba se terá bom resultado. Até porque é pertinente, dado que estou soprando 26 velinhas. E, bom, o que se tem para dizer sobre fazer aniversário? Que reflexões são pertinentes para esta ocasião? Acho que a primeira coisa é fazer uma pequena reflexão sobre o último período de sua vida. Ainda que sejam ponderações pessoais, não deixa de ser interessante ler e perceber como outra pessoa lida com situações que fazem parte da vida e fazer um paralelo com o jeito que nós mesmos lidamos.

Particularmente, meus últimos 365 dias tiveram um saldo positivo. A primeira coisa que me vem à mente é minha formatura. Após aproximadamente quatro anos e meio, virei oficialmente jornalista. Uma conquista e tanto, ainda mais ao considerar que o curso, desde o começo, foi um desafio pra mim, que durante toda a vida escolar, fui tímido. Tive que encarar meus medos ao ensaiar em frente às câmeras e falar em público. E este último ano foi especial, por finalmente fazer e apresentar o temido Trabalho de Conclusão de Curso. Algo que me sugou um bocado, porém é satisfatório concluí-lo e ver que somos capazes de fazer coisas que dependem de disciplina e dedicação, coisas tão caras para nós. Ainda no âmbito acadêmico, conheci uma turma inteira de colegas, com quem dividi momentos durante cinco meses. Comecei a fazer parte do querido Junipampa, que tem me permitido manter contato com a academia, um ambiente que pretendo continuar por ainda um bom tempo. Academicamente, portanto, foi um ano feliz e profícuo.

A amizade é algo que sempre tive como essencial na vida. Neste último ano, não me foi diferente. Primeiramente, mantive amizades que já perduram há anos (inclusive, já planejamos comemorar uma década de relação logo ali). E fiz novos amigos que, desde já, são importantes. Diminuí o consumo de álcool e tabaco nos últimos doze meses e redescobri como é estar em um ambiente social sem o uso destas toxinas. Continuei com tratamento psiquiátrico, um tópico ainda hoje subestimado, porém primordial pra todos nós. Tive alta de tratamento psicológico, uma das, percebo agora, minhas maiores conquistas e que, vale ressaltar, veio naturalmente, após muito tempo. Adentrei a novos meios, como o mundo dos concurseiros, que, espero, me proporcionará futuras conquistas. A relação com minha mãe e com outros membros de minha família melhorou excepcionalmente, o que também ponho entre os triunfos destes tempos. Vitórias que, em sua maioria, vieram naturalmente, sem precisar forçar, o que muitas vezes tendemos a fazer.

Aniversários são uma ocasião ambígua – muita gente adora, muita gente detesta – não me encontro em nenhum desses extremos. Porém, sempre é uma oportunidade que temos para fazer um balanço de como temos levado essa aventura chamada Vida.