Ano 03 Nº 026/2015 – O panorama do teatro bajeense: Grupo de Teatro Os Carlitos

São indiscutíveis as contribuições do teatro na vida daqueles que estão inseridos nesse meio, principalmente quanto ao impacto causado no eu daquele que, ao subir ao palco, dá voz e vida a personagens, despe-se do medo, da angústia e da timidez para encantar seu público. Aquele que, assim, vai também contra o cenário atual de uma sociedade que, por vezes, prima pelo individualismo.

Sendo assim, no ano de 2013, surgiu o Grupo de Teatro Os Carlitos, cujos atores já possuíam uma trajetória duradoura oriunda de outras formações e espetáculos. O grupo oportuniza, anualmente, oficinas para novos atores (aberta a comunidade em geral, mediante inscrições prévias) e apresentações de peças de teatro escritas por autores clássicos e consagrados, como por exemplo, “Festa de Casamento” (uma adaptação da obra “O casamento do pequeno burguês”, de Bertolt Brecht, em 2013) e “O Noviço”, (de Martins Pena, em 2014).

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Segundo o diretor geral e ator Michel Godinho, em entrevista ao JUNIPAMPA:

“Hoje Bagé vive um panorama promissor mas, ao mesmo tempo, não recebe o apoio que necessita. As companhias da cidade, embora sejam poucas, se mantém simplesmente pela força de vontade do elenco e da produção, os quais bancam os espetáculos do próprio bolso.” Godinho afirma também que “Há uma sede muito grande de realizar trabalhos nesta área, muitos novos rostos querendo uma oportunidade de se aventurar na arte, o que para muitos é uma base para trabalhos de vídeo e de segmentos em grande centros. Apesar disso, os artistas praticamente não podem sobreviver de Teatro em Bagé, pois nossa arte não é acreditada pelos órgãos culturais e pelos investidores e empresários, os quais pouco acreditam que investir em Teatro traria um benefício cultural para o município. Além disso, nos falta uma casa, um Teatro Municipal”.

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Mesmo assim, com muita coragem, animação e ousadia, o Grupo de Teatro Os Carlitos tem a honra de convidá-los para sua mais nova apresentação. Escrita por Aristófanes, em 411 a.C e dirigida e adaptada por Michel Godinho: LISÍSTRATA, A GREVE DO SEXO.

No texto, as mulheres da Grécia, cansadas de uma guerra que já durava 20 anos e chefiadas pela ateniense Lisístrata, decidiram por fim às hostilidades usando uma tática pouco ortodoxa: UMA GREVE DE SEXO. Com um elenco de mais de 20 atores, o espetáculo será apresentado em duas oportunidades: 14 e 15 de novembro de 2015, às 21h, no Teatrinho da URCAMP.

Os ingressos são limitados. Mais informações, através da página do grupo no Facebook: Grupo de Teatro “Os Carlitos” ou com o diretor, Michel Godinho.

 

Salve o Teatro!

 

Escrito por: Éderson Coitinho e Larissa Assis, bolsistas do Laboratório de Leitura e Produção Textual- LAB (PROEXT-MEC)

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