Resenha de “Complexo de Cinderela”

Ana Isabel de Sousa Amorim

Letras – Linguas Adicionais: Inglês, Espanhol e suas respectivas literaturas(UNIPAMPA)

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Foto: instagram/@0range_sea

“Complexo de Cinderela” foi escrito em 1981 por Colette Dowling, uma psicóloga americana que após alguns acontecimentos optou por escrever um estudo minucioso sobre a psicologia feminina e os impactos do feminismo no papel da mulher na sociedade.

 Apesar de parecer uma leitura complicada, e, em alguns pontos, realmente ser, o livro inicia com relatos de Dowling e as explicações que ela acredita serem pertinentes a suas escolhas. Criada após o primeiro impacto do feminismo no mundo, Colette foi educada para ser uma mulher independente, pelo menos é assim que acreditava ter sido. Mas, ao decorrer da sua vida, nota que a independência para as mulheres de sua geração não passa de uma falácia imaginativa que só pode ser verdadeiramente alcançada com a percepção deste fato.

Assim, ela se lança no que se torna o maior desafio de sua carreira, estudar o comportamento das mulheres de sua geração e os impactos da evolução do papel da mulher na sociedade em suas criações e em suas vidas adultas. A cada capítulo, a autora lhe oferece relatos, dados de instituições, pesquisas feitas em diferentes estados, assim, toda a sua argumentação é comprovada com os dados apresentados.

 O interessante é que mesmo escrito há mais de 30 anos, “Complexo de Cinderela” permanece sendo um livro atual. As mulheres ainda permanecem na corda bamba entre serem independentes e agirem como manda a sociedade, mesmo após tantas mudanças sociais, o complexo de Cinderela permanece firmemente ceifando mulheres brilhantes para o que elas pensam ser a vida ideal.

Um outro fator importante é que Colette reconhece a culpa de cada um no desenvolvimento deste complexo e apresenta, também, um meio de supera-lo. Além de mostrar o quão comum ele é e quais são o grupo de mulheres mais atingidas. Diferente de alguns escritos feministas, ela não vai contra a existência da família e o seu papel de mãe, mas vai contra a ideia de que precisa deixar o que lhe é importante para ser uma mãe e esposa eficiente.

 Assim, ao decorrer do estudo, ela combate firmemente o complexo de Cinderela em sua vida e nos relata, juntamente com a história de muitas outras mulheres fantásticas, quanto potencial pode ser sufocado pela ideia do “felizes para sempre”.

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