Duas mulheres


DUAS MULHERES

 

 

Duas mulheres vão de mãos dadas

elas se amam

elas se dão

as mãos

e nada as deixa incomodadas…

 

elas se amam…

as duas mulheres de mãos dadas pela

rua…

nenhuma delas estava nua

e só andam de mãos dadas…

 

as mulheres de mãos dadas se amam

e de mãos dadas,  as duas mulheres,

às vezes se beijam

 

estão sempre por aí, sem medo do amor…

sem medo de ti, sem medo… de dar as mãos e um

beijo!

 

o amor é livre

como o beijo numa flor

e numa mulher de sempre-livre

não importa o papa argentino

nem o deus brasileiro

as mulheres, que andam de mãos dadas,

se amam sem qualquer impedimento ou olhar alheio…

além das 4 paredes!

 

Fábio Kerouac

image2(Ilustração de PABLO ZWEIG)

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Sou Fábio Kerouac, tenho 53 anos de idade e 28 anos de poesia, falada e escrita, mais falada do que escrita…

Tenho publicado os livros Versos de Amor (em co-autoria com Jorge Bastiani e Renato Meneses) – 1996, Versos Colhidos no Orvalho – 2003, Ein Brasilianischer Dichter in Hamburg/Um Poeta Brasileiro em Hamburgo – 2010, todos de poesia. 

Em 2015 lancei meu primeiro livro de prosa, O Cuidador de Velhinhos Alemães, que conta o dia a dia de uma casa de idosos na Alemanha onde fiz um estágio. Em 2017 lancei o meu segundo livro de prosa: João, O Homo Feliz, que conta um pouco da vida do piauiense, natural de Teresina, Joaquim Rodrigues, dançarino e professor de dança em Hamburgo, cidade na qual ele participou em 2001 da segunda cerimônia homoafetiva na Alemanha (a primeira foi no mesmo dia na cidade de Hannover). 

Em 1997 fui incluído no livro Safra/90, que apresentava os novos poetas deu Estado do Maranhão daquela época. Detalhe: eu nasci em Guadalupe e passei minha infância em Floriano. Como intérprete de poesias declamei poemas de Ferreira Gullar, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Pablo Neruda, Nauro Machado, Luís Augusto Cassas, Manoel de Barros, entre outros – em bares, em teatro, em universidades, em praças e no banheiro.

Em Caxias (Ma), onde tudo começou, ou seja, a vida de poeta, fui dublê de jornalista para manter a vida poética. Por causa de uma „louca vida louca“ de poesia não concluí um curso de História e só fiz um semestre de Propaganda e Advertising, pois sempre tive um compromisso selvagem e espontâneo com a vida.

Moro em Hamburgo (Alemanha) há 15 anos, onde trabalho como cuidador de idosos. 

Sou casado há 14 anos com a japonesa Junko Iwamoto.


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